Goiás é um dos cinco Estados do Brasil que mais geraram empregos formais no 2º trimestre de 2021
Com saldo de quase 38 mil vagas criadas, Goiás sobe duas posições no ranking, na comparação com os três primeiros meses deste ano. Segundo estudo do Instituto Mauro Borges, comércio, serviços públicos e indústria concentram 50% das ocupações entre abril e junho. “Não tem coisa melhor, apesar das dificuldades, fazemos a tarefa de casa, e colocamos a economia goiana para girar”, diz governador Ronaldo Caiado
O Boletim da Economia Goiana do segundo trimestre deste ano, referente aos meses de abril, maio e junho, mostra sinais de recuperação do processo produtivo no Estado, alavancado pelo melhor desempenho de setores como pecuária, indústria, serviços e comércio, quando comparado ao mesmo período do ano passado, início da pandemia de Covid-19.
O estudo conduzido pelo Instituto Mauro Borges (IMB), jurisdicionado à Secretaria-Geral da Governadoria (SGG), mapeia o desempenho econômico dos principais setores que compõem o Produto Interno Bruto goiano (PIB), ao identificar o impacto causado pela nova conjuntura após a instauração da crise sanitária mundial.
Os avanços podem ser comprovados pelo crescimento dos diversos setores da economia no período. A agropecuária avança no abate de bovinos (11,6%), suínos (17,6%) e aves (29,5%), e a safra do arroz deu um salto de 29,6%.
A indústria goiana teve crescimento de 0,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O setor de serviços obteve avanço de 8%.
“Nada melhor do que, depois de passar o pior momento da pandemia, fazer uma análise de consciência e saber que nós acertamos. Primeiro, salvar vidas e também dar garantia às pessoas que ampliaram sua vulnerabilidade”, diz o governador Ronaldo Caiado.
Ele elenca iniciativas do Governo de Goiás, como transferência de renda para 100 mil famílias por meio do programa Mães de Goiás, auxílio aos jovens no início da vida profissional com o Aprendiz do Futuro e criação da Secretaria de Estado da Retomada. “São ações conjuntas no Estado de Goiás para trazer o crescimento e absorver a mão de obra”, destaca.
“Essas leituras de cenário são cruciais para definir as ações de governo a serem adotadas com vistas a ampliar os avanços conquistados, e dirimir os entraves identificados em pontos da economia que estão sentindo os efeitos mais negativos advindos da pandemia como, por exemplo, os setores de turismo e eventos”, avalia o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
De acordo com o titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, José Vitti, o estudo do IMB aponta mudanças importantes em todos os setores da economia. “Vivemos, no ano passado, momentos de muitas incertezas, baixo crescimento econômico, PIB em queda e desemprego acelerado. Agora, em 2021, o cenário é diferente e o governo faz a sua parte ajudando, especialmente, micro e pequenos empresários a manter ou reabrir suas portas”, comentou Vitti.
César Moura, secretário de Estado da Retomada, aponta que o resultado é fruto de ações do governo. “Este novo resultado positivo apontado pelo levantamento do IMB é resultado de uma série de ações adotadas pelo Governo de Goiás nos últimos anos. Um exemplo é a pulverização dos recursos oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), prioritário a micro, pequenos e médios empreendedores. Além de ter sido uma determinação do governador Ronaldo Caiado já no início da pandemia, é uma política pública efetiva na retomada social e econômica de nosso Estado”, avalia.
Para o economista responsável pela condução do estudo, Anderson Mutter Teixeira, o resultado positivo mostra que a economia goiana está mais resiliente aos choques econômicos sofridos em escala mundial. “Historicamente, o Índice de Atividade Econômica do Brasil, elaborado pelo Banco Central, tem mostrado que o desempenho goiano está acima do nacional. Em especial, no que tange ao segundo trimestre de 2021, tanto o indicador nacional como o regional vêm apresentando crescimento. Isso reflete a retomada econômica que ocorre no Brasil e em Goiás, à luz da retomada das atividades econômicas ao patamar pré-pandemia”, pontua.
Agropecuária
A pesquisa trimestral elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que houve um incremento no abate de bovinos (11,6%), suínos (17,6%) e aves (29,5%) neste segundo trimestre, o que fez Goiás subir duas posições no ranking dos Estados, ocupando a terceira posição, ao ultrapassar São Paulo e Minas Gerais. Em números percentuais, Goiás respondeu por 11,1% do total de cabeças abatidas no Brasil, sendo 780.784 de bovino; 487,8 mil de suíno e 112.780.409 de frango.
Na agricultura, os avanços foram notados no crescimento da produção de arroz, feijão e mandioca, sendo essa última a matéria-prima eleita para compor a produção cervejeira goiana em programa conduzido pela Secretaria da Retomada, em parceria com a iniciativa privada. A produção estadual da mandioca apresentou um aumento de 10,9%, passando de 168.631 toneladas, no segundo trimestre de 2020, para 187.083 neste segundo trimestre.
Já a safra do arroz deu um salto de 29,6%, passando de 96.316 em 2020 para 124.850 no segundo trimestre de 2021, segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, feito pelo IBGE.
Indústria
O segundo trimestre de 2021 mostrou um crescimento de 0,7% da indústria goiana, em paralelo ao mesmo período do ano passado, alavancado pelos serviços industriais de utilidade pública, a indústria extrativa e, principalmente, a construção civil.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do IBGE, quatro atividades da indústria acumularam resultados positivos em 2021: fabricação de veículos automotores; de produtos minerais não metálicos; de produtos químicos e extrativa. O crescimento da fabricação de produtos minerais não metálicos demonstra que o setor da construção civil começa a dar sinais de recuperação, já que a atividade é a principal fornecedora de insumos para o setor.
Serviços
O setor de serviços apresentou um crescimento de 8% no segundo trimestre de 2021. Mesmo com a pandemia de Covid-19, a área tem conseguido manter a trajetória de crescimento, principalmente por permitir que as vendas sejam realizadas mesmo sem a presença física do consumidor nos estabelecimentos comerciais.
Entre os principais índices de crescimento apresentados estão atividades profissionais, científicas, técnico-administrativas e serviços complementares (12,3%); transporte (14,7%) e comércio (26%).
No acumulado do ano, o setor já apresenta acréscimo de 13,9%. As atividades de serviços de informação e comunicação (2,1%), serviços profissionais, administrativos e complementares (26,6%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (16,6%) continuam com taxas de crescimento consistentes, pois são serviços que, em geral, podem ser prestados de maneira não presencial.