Bairros sofrem com descontinuidade da pavimentação asfáltica em Aparecida

O asfalto é o principal elemento de infraestrutura de um bairro. Depois que as ruas recebem a pavimentação, a região é mais facilmente contemplada com várias outras melhorias, recebendo investimentos como prédios, residenciais horizontais, empresas, há também mais atenção à área da saúde, do mesmo modo mais unidades escolares, tanto públicas como particulares.

A continuação da Avenida Valdomiro Cruz no Residencial Norte Sul que faz a ligação com o Jardim Tropical e outros bairros da região, está esperando por parte da prefeitura para sair da lama vermelha há anos. Ao Diário de Aparecida chegaram imagens da rua enviada por moradores que pedem que a via seja nivelada e perguntam a gestão municipal quando o asfalto chegará neste trecho.

Em se tratando de asfaltos que não completam as ruas, o Setor Fabrício, um dos últimos antes da Serra das Areias, e que já possui rede de água por meio da Saneago, as pessoas também lamentam por meio de denúncias a descontinuidade da pavimentação asfáltica que algumas ruas sofrem no bairro. Os moradores do setor Fabrício têm questionado a falta de asfalto que fica mais evidente durante a temporada de chuvas. Com as tempestades, as águas chegam misturando tudo, desde calçada, casas e ruas até veículos, fato que deixa ainda mais inseguros os logradouros.

A situação tem levado a população a protestar nas redes sociais, exatamente como o morador João Marcos Camilo, comerciante, que disse que a coisa se complica com as chuvas de verão que são rápidas e fortes. “É água que não acaba mais por aqui. Ali perto, dois metros da Rua Malaquita, é horrível, o barro aumenta, fica pesado, o mato alto cada dia cresce mais, os entulhos acumulados esparramam, as ruas ficam cheias de tijolos, vai tudo para nossas portas. É difícil ver isso! Dá tristeza misturada com vergonha”, reclamou.

Existem pelo menos 30  bairros sem asfalto em Aparecida, o que torna a situação dramática para o município, já que a ausência do pavimento aumenta as doenças dos moradores. São muitos residentes que aguardam pacientemente a tão sonhada pavimentação desde a década de 1990. “Já mudei de cidade, voltei pra cá e a situação continua a mesma. Lá onde morava até 2016, Anápolis, falaram que iriam asfaltar e em dois anos o asfalto estava lá”, alegou Mariana Oliveira de Souza.

Prefeitura não consegue acelerar os processos para asfaltar os mais de 30 setores que faltam

Os recursos financeiros que a prefeitura de Aparecida está aguardando há algum tempo em de fora, é internacional. Assim que o empréstimo for liberado, pelo que sempre informa a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) haverá processos de licitação. Então, não tem outro jeito a não ser esperar. A prefeitura aguarda de lá e o aparecidense de cá.

A última nota enviada no mês de agosto deste ano para responder os moradores do Setor Fabrício é semelhante à que respondeu sobre o intervalo que o Residencial Norte Sul sofre com a pavimentação asfáltica. Segue as notas abaixo. Mas de antemão, pedimos desculpas pela repetição.

Notas na íntegra

“A Secretaria de Infraestrutura informa que o projeto de pavimentação deste trecho está inserido no cronograma de obras que serão realizadas a partir da liberação de recursos financeiros internacionais. Informa que a expectativa é de que os recursos estejam liberados até o fim do primeiro semestre do próximo ano para a realização da licitação e posteriormente início das obras.

“A Secretaria de Infraestrutura de Aparecida (Seinfra) informa que a pavimentação do Setor Fabrício será iniciada após a liberação dos recursos financeiros por meio de empréstimo internacional. A Seinfra ressalta que a previsão da gestão municipal é de que os recursos sejam liberados para que a licitação seja iniciada no primeiro semestre de 2022 e logo após finalizada a licitação, as obras serão iniciadas. A Seinfra informa ainda que a cidade conta hoje com 12 frentes de pavimentação.” (A.P.A.)