Brasília: Bolsonaro não atendeu Mendanha
O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, já teve agendadas pela menos três audiências com o presidente Jair Bolsonaro, mas nenhuma se concretizou. Em uma delas, no fim do ano passado, Mendanha chegou a se dirigir ao Palácio do Planalto, onde esperou por duas horas até ser dispensado pelos assessores presidenciais.
Na semana passada, Mendanha alardeou que seria recebido por Bolsonaro na quarta, 26, chegando até a informar o horário: 17 horas. A deputada federal Magda Mofatto e o deputado federal Prof. Alcides confirmaram o encontro e postaram a notícia nas suas redes sociais. De novo, nada aconteceu.
Espertamente, o prefeito evitou o vexame de comparecer ao Planalto para levar um chá de cadeira, como se passou anteriormente. Ele não foi. Em deferência aos dois parlamentares, a assessoria presidencial comunicou antecipadamente a eles que a audiência estava cancelada, sem adiantar os motivos. Avisado a tempo, Mendanha, que já estava em Brasília (aliás, em horário de expediente), livrou-se na última hora de mais uma humilhação.
Mas o deputado federal Major Vitor Hugo contou a verdade. Mesmo com a insistência de Magda Mofatto, que o presidente respeita como aliada próxima, Mendanha não seria recebido para evitar a exploração da imagem de Bolsonaro e a propagação de “fake news” sugerindo que ele já estaria apoiando a candidatura do prefeito ao Palácio das Esmeraldas.
Major Vitor Hugo chegou a dar detalhes em entrevista, no dia seguinte ao da audiência cancelada, a uma emissora de rádio: “A minha avaliação, pelas ligações que Mendanha tem com a esquerda, é de que seria pouco provável o presidente apoiar a candidatura dele, Mendanha. Esse encontro com Bolsonaro foi alardeado nas últimas semanas como certo, mas depois não aconteceu. Vejo isso como estratégia, já que o Mendanha disse que prefere ficar em cima do muro, não apoiar o presidente, nem o ex-presidiário e manter distância do Moro. Ele não se posiciona e as pessoas estão cansadas de pessoas que não se posicionam, Mendanha não quer se posicionar nem mesmo em relação às eleições nacionais, nesse sentido, acho pouco provável uma aproximação entre o presidente e ele”, garantiu o deputado.
