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Luta pelo trabalho docente em Goiás

Rosivaldo Pereira de Almeida                                                                                                                             Doutor em Educação (UFG)

 

O Conselho Estadual de Educação é o órgão normativo, consultivo e fiscalizador do Sistema Estadual de Ensino. Trata-se de um órgão de Estado, articulador das políticas de Educação, com autonomia política, administrativa e financeira, cujo objetivo é normatizar, orientar e fiscalizar o Sistema Educativo, exercendo funções consultivas e propositivas, contribuindo para assegurar Educação de qualidade que conduza ao exercício pleno da cidadania.

No meu entendimento, o Estado de Goiás constitui-se como uma espécie de “laboratório” de implementação de políticas neoliberais, especialmente com as privatizações veladas da Educação Pública e com a degradação do trabalho docente, desde o Pacto Empresarial da Educação, pelo secretário Thiago Peixoto, no governo de Marconi Perillo em 2011. Privatizações por dentro, como é o caso da militarização das escolas e do estabelecimento de contratos e parcerias com Fundações e Institutos diretamente vinculados ao capital financeiro que formaram circuitos de empresariamento da Educação Pública em Goiás. Recentemente defendi uma tese de Doutoramento em que trato dessas políticas de controle e conformação do trabalho docente a determinadas concepções políticas e pedagógicas, cujas gêneses estão na agenda educacional neoliberal, propagadas principalmente pelo Banco Mundial.

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) é parte constitutiva desse perverso processo de desmonte, haja vista que seus professores e professoras são alvos de constantes ataques, e o trabalho docente está cada vez mais ameaçado. A Universidade está sendo destruída pelo capital, no movimento do real, destruição essa que exige de nós coragem, firmeza de propósitos para que não nos sucumbamos, mas sim, somemos esforços e lutemos bravamente para continuarmos existindo. No meu entendimento, além de precarizado, o trabalho docente está degradado tanto na Graduação como na Pós-Graduação, na tríade que entrecruza “Ensino, Pesquisa e Extensão”. É nesse sentido que o Conselho Estadual de Educação – CEE, a Reitoria e o atual Governo do Estado devem somar todos os esforços para salvarmos a nossa UEG.

Estou candidato ao Conselho Estadual da Educação como representante dos Docentes da UEG, candidatura que se configura como um projeto coletivo, pois faz parte da luta da Associação dos Docentes da UEG – ADUEG na defesa, promoção e reparação da dignidade do trabalho docente. Frente a tudo isso, com a minha candidatura ao CEE, se eleito à uma das 26 cadeiras, continuarei em constante processo de luta pela defesa do ensino público, laico, gratuito e de qualidade socialmente referenciada, assim como a luta pela dignidade do trabalho docente.

Meu nome é Rosivaldo Pereira de Almeida. Sou professor da Área de Fundamentos da Educação na UEG desde julho de 2012, embora atue na escolarização desde 2001, quando comecei minha carreira como contrato temporário no Colégio Estadual Machado de Assis, em Aparecida de Goiânia. Cursei História na rede privada e Mestrado / Doutorado em Educação na Universidade Federal de Goiás – UFG, sempre atuando em temas relacionados às Políticas Educacionais e aos Movimentos Sociais. Sou militante e defensor dos direitos humanos e, atualmente, coordeno o Núcleo de Direitos Humanos, Educação e Movimentos Sociais (NUDHEM/UEG), bem como participo do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH/Brasil).

 

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