Rogério Cruz assume papel de fiador do apoio do Republicanos a Caiado
Prefeito de Goiânia dá sinais de que não abre mão do perfilamento do seu partido com a reeleição do atual governador
Da Redação
A ampla coligação de partidos que dará respaldo à reeleição do governador Ronaldo Caiado parece destinada a ser inédita, em termos numéricos, em termos de história política de Goiás. Caiado já tem 10 legendas de expressão ao seu lado e pode chegar a 16. Entre elas, duas siglas têm peso nacional e estadual significativo – o PP e o Republicanos.
Quanto ao PP, seu presidente estadual Alexandre Baldy já avisou que é pré-candidato ao Senado, de preferência formando na chapa do governador. Mas, se isso não for possível, pretende se lançar como avulso, mantendo o seu apoio e o do partido à reeleição de Caiado.
A oposição, portanto, não vai contar com o PP, que só vai formalizar essa definição na época das convenções partidárias, previstas para ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto. Coisa parecida se passa com o Republicanos. O presidente estadual do partido controlado pela Igreja Universal é o deputado federal João Campos, também candidato a senador. Como Baldy, ele prefere ser oficializado na chapa de Caiado, mas também aceita a hipótese da candidatura avulsa.
O Republicanos, assim, caminha para apoiar plenamente a conquista de mais um mandato para o atual inquilino do Palácio das Esmeraldas. Com um detalhe da maior importância: seu maior quadro em Goiás, o prefeito de Goiânia Rogério Cruz, já anunciou que está perfilado com a reeleição de Caiado.
Ao antecipar a sua posição, Cruz adiantou também a tendência do partido, que não se engajará em aventuras oposicionistas em Goiás e atuará como garantidor do respaldo da administração estadual à gestão de Goiânia.
O prefeito assumiu o papel de fiador do apoio do Republicanos a Caiado, colocado como estratégico para o sucesso das políticas públicas empreendidas pela prefeitura na capital e decisivo para a reeleição do próprio Rogério em 2024.
Isso ficou claro na reação do prefeito e dos seus principais auxiliares à filiação – quase oculta – do empresário Sandro Mabel, presidente da Federação das Indústrias – FIEG ao Republicanos. Além de crítico contumaz de Caiado, Mabel também trata o governador com falta de respeito e deboche, com atitudes incompatíveis com a seriedade e a ética exigida pelo cargo de líder empresarial.