Alta na demanda, estoque baixo e agronegócio impulsionam valorização de imóveis
Contexto favorável estimula expansão de imobiliárias. Grupo URBS lança quatro novas agências em Goiás
Goiânia passa por uma forte valorização imobiliária nos últimos anos. O preço de venda dos imóveis residenciais na capital goiana vem registrando aumentos significativos, segundo o Índice FipeZap, que registrou alta de 4,80% em 2019, 13,71% em 2020 e 20,91% em 2021.
Apesar da valorização sequenciada e grande variação no preço de venda, Goiânia tem um comportamento diferenciado diante das outras capitais, já que o preço médio do metro quadrado apontado pelo índice é R$ 5.550,00 em abril deste ano. Isso significa que a cidade é a quarta mais barata do país, ficando atrás apenas de Campo Grande (MS), João Pessoa (PB) e Salvador (BA), o que gera demanda e atrai investimentos, entre as 16 pesquisadas pelo Fipezap.
Tais indicadores direcionam para a continuidade do aquecimento do segmento na cidade nos próximos meses. A ideia é reforçada pelo sócio-proprietário do Grupo URBS e especialista em mercado imobiliário, Ricardo Teixeira. Segundo ele, a cidade tem características que favorecem essa valorização do mercado, com tendência de equilíbrio, principalmente no segmento de médio/alto padrão, apesar das variáveis econômicas.
“Mesmo com as variáveis, como as eleições em 2022, taxa de juros, entre outras, o mercado já absorveu esse impacto econômico. O mercado goiano é maduro, o consumidor já sabe o que quer, então o crescimento deve prosseguir, não tão acelerado, mas vai continuar”, afirma ele, ao comentar que a taxa Selic já está superior a 12%, com projeção para 13,25%, conforme os economistas. Teixeira é categórico em ressaltar que, apesar desse aumento, os valores ainda não foram repassados e não chegaram ao financiamento imobiliário, ou seja, o segmento imobiliário segue vantajoso para os investimentos.
Esse equilíbrio ganha respaldo na força do agronegócio e do turismo hospitalar em Goiás. Conforme auditoria da MB Associados, empresa de consultoria macroeconômica, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) goiano entre 2020 e 2022 está estimado em 4,5%, principalmente, em razão do preço das commodities e da potência do agronegócio.
Baixo estoque
Outro ponto de destaque informado por Ricardo Teixeira, considerado diferencial para a cidade, é o baixo estoque de imóveis. Conforme pesquisa da Ademi-GO (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás), em parceria com a Brain Inteligência, divulgada em abril deste ano, a oferta final, ou seja, o estoque de imóveis residenciais e comerciais na capital é de pouco mais de 9 mil unidades, considerado baixo.
“A demanda na capital cresce continuamente. São famílias que crescem, pessoas que se casam, se divorciam, então sempre há demanda. Em razão de um estoque baixo, Goiânia não fica sem lançamentos imobiliários. Se pararem com essa movimentação, em um ano acabam os imóveis para venda. Então é uma tendência de continuidade de aquecimento nesse mercado”, aponta.
Tal contexto, de acordo com Teixeira, proporcionou a expansão e ampliação do Grupo URBS, que lançou mais quatro unidades neste ano para atender a demanda do setor. No total, o grupo conta a partir de agora com nove unidades em Goiás. Conforme o especialista, o foco é conseguir contemplar as pessoas de todos os segmentos, respeitando as necessidades e desejos de cada cliente.
“Apesar de já ser uma tendência em todo mundo, com a pandemia de Covid-19, pudemos reparar uma mudança no comportamento da população. Agora, as pessoas anseiam por mais qualidade de vida. As pessoas querem investir na realização de seus sonhos, em morar bem, com áreas verdes, poder curtir a convivência familiar, querem alinhar expectativas e isso está bastante atrelado ao ambiente em que se vive”, diz ele.
A força do agro
Para atender todo esse público, foram lançadas a URBS Trend, URBS Imobi, URBS Connect + e URBS GO. A primeira tem o funcionamento 100% digital como grande diferencial e chega para atender a busca digital por imóveis. A unidade, que tem como sócios Bruno Dourado e Fabrício Medeiros, terá sede no Shopping Buena Vista, em Goiânia. “As tecnologias vieram para facilitar a vida dos consumidores, como o tour virtual, atendimento remoto e até a assinatura virtual de contratos, que hoje são totalmente possíveis e tem uma grande demanda do público”, explica Ricardo Teixeira.
Com uma atuação mais ampla, abrangendo o mercado secundário e revendas de médio e alto padrão, e tendo como sócios Guilherme Barra e Pedro Teixeira, a URBS Imobi funcionará no Metropolitan Mall, no Jardim Goiás, na capital, um bairro que tem experimentado um crescimento vertiginoso nos últimos anos. Já a terceira empresa, funcionará como um braço de negócio da já existente URBS Connect, a unidade URBS Connect + será especializada na identificação de oportunidades de negócios imobiliários nos segmentos de lançamentos, revendas e remanescentes em Goiânia. Esta unidade segue no comando dos sócios Leonardo Abreu, Thiago Cardoso, Anderson Andreoli e Gustavo Abdala.
Por fim, a URBS GO, com sede em Rio Verde e liderada pelo novo sócio Paulo Bessa, chega para atender umas das principais cidades do agronegócio do País. Segundo números do Balanço de Desempenho do Crédito Rural, divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, dos R$ 53,50 bilhões somados pelos produtores da região Centro-Oeste do país na safra 2021/22, 40% ficaram em Mato Grosso, 37% em Goiás e 23% em Mato Grosso do Sul.
“Goiás tem um propulsor econômico muito importante: o agro. E o interior goiano é muito competitivo. Vários municípios goianos se destacam nesse cenário, por isso, optamos por abrir uma sede em Rio Verde, que é o segundo município mais competitivo do país quando falamos do segmento”, afirma Bessa. A cidade goiana tem o 9º maior Produtor Interno Bruto (PIB) da região: quase R$ 10 bilhões em 2019, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Ainda de acordo com ele, a cidade tem perspectiva de aumentar sua população de 270 mil habitantes, para 350 mil ou até 400 mil habitantes, em apenas 10 anos, o que ele qualifica como um cenário positivo e promissor para o mercado imobiliário. “Essa expansão da cidade proporciona novos projetos, novas tendências, novas construções”, declara. “Percebemos que no interior há uma baixa oferta de produtos, mas uma demanda muito forte, pessoas querendo consumir, déficit qualitativo alto, pessoas que ainda não residem no imóvel que desejam. Então, elas vão em busca desse sonho, por isso essa valorização no interior. Vamos ter o alto padrão como o carro chefe nessa nova agência”, completa o gestor.