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Editorial Diário de Aparecida – Forças externas

A gestão de Aparecida, durante 5 anos e 3 meses, esteve entregue ao então prefeito Gustavo Mendanha, que dispôs de todas as chances e oportunidades para investir no fortalecimento de uma cidade que assumiu a condição de 2º centro urbano mais populoso do Estado. Infelizmente, nesse período, não houve nada de sólido, não existiu a necessária prestação de serviços para a população aflita com as deficiências da infraestrutura das ruas, não se teve notícia da construção de obras, não se falou na atração de empresas que poderiam estar oferecendo empregos para as aparecidenses e os aparecidenses.

Tudo parou. O cenário é desolador. Mendanha abandonou a prefeitura sem cumprir uma única das promessas enunciadas em seu plano de governo, que está devidamente registrado na Justiça Eleitoral com consulta aberta a qualquer um. Pior: muitas dessas promessas foram repetidas na campanha do 2º mandato, como o asfaltamento de todos os bairros, meta hoje mais distante de ser cumprida do que nunca.

Como disse o presidente estadual do MDB e profundo conhecedor de Aparecida, mesmo porque é filho do prefeito que mais fez pela cidade, Maguito Vilela, o município teve com Mendanha “uma bela gestão em matéria de lives e likes” – resultado da obsessão do prefeito pelas redes sociais.

Com 600 mil habitantes, no mínimo, Aparecida, dada a gravidade dos desafios não resolvidos que se acumularam, exige daqueles que a governam dedicação em tempo integral, “menos preocupação com eleições e mais com administração”. Assim é, no momento, com Vilmar Mariano, que o destino colocou na cadeira número da Cidade Administrativa, na qual já contabilizou 60 dias, sem que em qualquer momento ou ação tenha deixado claro a que veio e o que pretende fazer com o poder imensurável que foi depositado nas suas mãos.

Se repetir Mendanha, Vilmarzim se condenará ao desterro da história, com um mandato de pouca duração, que não será renovado nas eleições municipais de 2024 – como se sabe, o seu grande sonho. É preciso mostrar altura para o cargo e não a nociva submissão a forças externas, que parecem mandar mais na prefeitura do que o próprio Chefe do Executivo.

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