Política

Vantagem de Bolsonaro sobre Lula reflete conservadorismo do goiano

Na espontânea, há uma semana o instituto Brasmarket apresentou as intenções de voto no Estado com os nomes dos pré-candidatos: o atual chefe do Executivo com 25,6%, contra 19,8% do petista

Foto: Reprodução

Da Redação

As pesquisas realizadas em Goiás, até agora, sobre a eleição presidencial, sejam isolando o cenário no Estado, sejam incluindo-o nos resultados da região Centro-Oeste, mostram que Jair Bolsonaro tem vantagem sobre o ex-presidente Lula entre o eleitorado goiano.

O instituto Brasmarket, por exemplo, há uma semana, apresentou, na pesquisa espontânea, quando os nomes dos pré-candidatos não são citados aos entrevistados, Bolsonaro com 25,6% das intenções de votos no Estado, contra 19,8% do ex- presidente Lula. Os demais nomes têm menos de 2 pontos, sinalizando cada vez mais para a forte polarização entre os dois pré-candidatos à eleição presidencial deste ano.

Na pesquisa estimulada, quando os nomes foram detalhados para os eleitores goianos, Jair Bolsonaro apareceu com 44,5% das intenções de votos, enquanto o petista ficou bem atrás, com 32,4%.

Não poderia ser mais claro: Bolsonaro, que venceu Fernando Haddad com ampla frente em Goiás, tem uma penetração potencial entre os goianos e confirma uma tendência histórica no Estado, qual seja a de que Lula nunca venceu em Goiás.

Nas quatro eleições que disputou para a presidência da República, das quais faturou duas, o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva perdeu todas na região Centro-Oeste e, especificamente, também em Goiás.

Em 2018, Bolsonaro saiu-se muito bem tanto no 1º, quanto no 2º turno em Goiás. Ficou com 52,24% dos votos, contra apenas 21,86% de Fernando Haddad, na 1ª rodada, enquanto ampliou essa diferença na 2ª, pulando para 65,52% dos votos, quase o dobro de Haddad, que cravou 34,48%, proporcionalmente falando menos que os números do 1º turno.

Mas há pontos a considerar para a eleição deste ano. Se é o conservadorismo ideológico que move o eleitor goiano rumo às urnas, essa inclinação parece ter se reduzido. Afora a pesquisa do Brasmarket, todas as outras sugerem uma situação de empate técnico entre Bolsonaro e Lula, em Goiás.

Na pesquisa do último fim de semana do DataFolha, por exemplo, Lula alcançou 40% de intenções de votos contra 42% de Bolsonaro no Centro-Oeste (os números de Goiás não foram detalhados pelo instituto).

E, no levantamento de um mês atrás do PoderData, Lula está empatado tecnicamente com Bolsonaro em três das cinco regiões, inclusive a Centro-Oeste, onde o chefe do Executivo tem 41%, contra 39% do pré-candidato petista.

Um sinal forte, portanto, de que o posicionamento à direita dos eleitores goianos pode ter se amenizado e isso por duas razões: por um lado, o discurso extremista do presidente, conjugado com a inflação alta e problemas localizados que não se resolvem, como o preço dos combustíveis; por outro, a lembrar dos bons tempos de prosperidade do governo Lula, quando o país crescia embalado por uma série de fatores no final das contas atribuídos à gestão do petista.

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