Especial

Glaustin da Fokus encaminha projetos à Câmara dos Deputados em defesa dos animais

Parlamentar lamenta os casos de abandono

As relatorias deram ao deputado a chance de melhorar as propostas e conciliar interesses

 

Por: Luciana Brites

 

 

Um caramelo magro, faminto, medroso e muito carinhoso amoleceu o coração de todos os trabalhadores da sede do Grupo Fokus, em Aparecida de Goiânia,  e despertou no dono da empresa, o deputado federal Glaustin da Fokus (PSC), o interesse de trabalhar na defesa de todos os animais, em Brasília.

Fokinho se tornou o mascote da empresa e hoje é bem alimentado, hidratado, vacinado, confiante e o xodó de todos que trabalham no local. Glaustin é um defensor da causa animal e concorre a um novo mandato na Câmara dos Deputados, prometendo continuar seu trabalho em defesa dos bichos.

“O Fokinho é o colaborador mais amado e mimado da Fokus. Eu tenho origem rural e sempre acreditei que os animais precisam de uma vida com dignidade, saúde e um lar repleto de amor. Infelizmente ele faz parte de uma triste estatística de animais que são abandonados à própria sorte”, comenta.

Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 30 milhões de cães e gatos estejam em situação de rua no Brasil.

Na Câmara dos Deputados, Glaustin da Fokus é parceiro de iniciativas que resgatam e zelam os animais, protegendo não apenas animais de rua, mas também animais com família. Ao todo, foi relator de cinco propostas na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços. Todas as propostas foram aperfeiçoadas e aprovadas e agora seguem  os trâmites regimentais.

O PL  6881, de 2017, proíbe o uso de fogos de artifício com estampido. A proposta original proibia completamente a comercialização em todo o território nacional. Uma sugestão de Glaustin ao texto tornou a lei menos radical.  “Defendi a regulação do barulho, com base em critérios técnicos. Essa mudança equilibrou os interesses dos que são contrários ao uso de fogos de artifício com os das empresas do setor de pirotecnia, inclusive as que exportam seus produtos. Essa questão é muito relevante, tanto para os bichos, que sofrem com o barulho excessivo, quanto para as pessoas, ainda mais nos períodos de festa junina e de passagem de ano, por exemplo”.

 

Planos de saúde dos bichos devem ser aprovados pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária

 

Já o PL 2888, de 2019,  dispõe sobre os planos privados de assistência à saúde animal. Pelo texto aprovado, o funcionamento das operadoras de planos de assistência à saúde animal está condicionado a registro prévio no Conselho Federal de Medicina Veterinária e os planos não podem negar cobertura de doenças e lesões. O parlamentar aparecidense também incluiu no texto que os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária devem publicar na internet lista com as operadoras e os planos oferecidos, com os preços. A medida, segundo ele, promove transparência.

O PL 3681, de 2019,  restringe a fabricação das redes de neblina, um artefato usado para capturar aves e morcegos.  O texto altera a Lei de Proteção à Fauna e dificulta a compra do material por pessoas que não têm interesse científico. Pelo texto, os responsáveis pela fabricação, importação ou comercialização de redes de neblina, bem como os compradores, deverão ser registrados em órgão federal do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). O porte e o uso desses produtos dependerão de licença do Sisnama, com validade de dois anos

“O livre comércio de redes de neblina facilita a captura ilegal de aves silvestres e o tráfico desses animais. Além disso, o uso das redes de neblina por pessoas sem preparo aumenta a exposição a doenças, tornando-se um risco sanitário”, ressaltou.

O PL 2950, de 2019,  trata de crimes de maus-tratos, relacionados a desastres naturais, durante a realização de empreendimentos. O projeto original determinava que as medidas de prevenção eram de inteira responsabilidade do empreendedor mas a alteração apresentada pelo deputado Glaustin da Fokus, e aprovada na Comissão de Desenvolvimento Econômico, compartilha a responsabilidade de reduzir os danos aos animais com os governos federal, estadual, distrital e municipal; organizações civis; voluntários treinados, inclusive da população local; e os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).

“Incluí o requisito da organização de uma brigada de socorristas, que poderá contar com voluntários, para conferir maior flexibilidade e possibilidade de integração com a população local. Também inclui medidas de proteção, monitoramento, manejo, afugentamento, resgate e translocação precoce dos animais “, explicou.

 

Anticoncepcionais a gatas e cadelas só com prescrição

 

O PL 4853, de 2020, proíbe a venda de anticoncepcionais para cadelas e gatas, sem receita médico-veterinária. Glaustin argumenta que os riscos envolvidos na má administração dos anticoncepcionais veterinários justificam a medida. Ele lembra que o medicamento eleva as chances de desenvolvimento de câncer ou do nascimento de filhotes com deformações.

O empresário e parlamentar comemora a sanção da  Lei 14.228/21, que proíbe o sacrifício de cães e gatos de rua saudáveis pelo órgãos públicos de controle animal. “Não podíamos deixar que tantos cães e gatos em situação de rua tivessem um destino tão cruel. Nosso dever é acolher e cuidar, até que eles encontrem um lar com amor e carinho”, diz, enquanto defende o incentivo às adoções temporárias.

Em momentos de descanso, em Mairipotaba, interior do Estado, ele brinca com Pantera e Caramelo, dois vira-latas que também tem um cantinho especial em seu coração. “Depois de receber tanto carinho dessa dupla, estou pronto e recarregado”.

 

 

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