Distribuidoras alertam para o fim de estoque do kit intubação
Distribuidoras de medicamentos anunciaram que estão em falta os estoques do kit intubação. O mesmo é composto por: analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares, extremamente importante na hora do procedimento no paciente. A falta se deve ao agravamento no número de casos da Covid-19 no país.
O presidente executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores de Medicamentos, Excepcionastes e Hospitalares (Abradimex), em entrevista ao Metrópoles, informou que aumentou muito a demanda do kit. Paulo Maia, relatou que o número de pedidos cresceu tanto, a ponto de superar a produção.
Além do kit de intubação, faltam inúmeros outros remédios nas distribuidoras. São eles:
- Atracúrio;
- Rocuronio 50mg;
- Succinicolina 100mg;
- Cisatracurio;
- Pancuronio 4mg/2mg;
- Cetamina 50mg/2mg;
- Fentanila 5ml;
- Fentalina spinhal;
- Propofol;
- Alfentalina 2,5 mg/5 mg;
- Remifentanila;
- Sufentanila 50 mg/1 ml e midazolan 15mg
A lista bem parecida com a divulgação pelo Fórum Nacional de Governadores na última quinta feira (18). Na ocasião, 13 chefes executivos cobraram do presidente Jair Bolsonaro e do Ministério da Saúde providencias para a aquisição dessas drogas o quanto antes.
“Sistematicamente, as distribuidoras solicitam aos fabricantes a reposição dos estoques, e, por fatores diversos os pedidos são atendidos parcialmente, mas assim que os medicamentos são disponibilizados, rapidamente são enviados aos hospitais, deixando o estoque novamente zerado”, diz Maia.
Ele ainda ressaltou que como a reposição dos remédios não tem sido feita com tempo hábil, apenas parte dos distribuidores possuem um pequeno estoque. Com esse baixo volume é provável que os medicamentos dure em torne de uma semana.
Contudo, Maia ressaltou que a maior dificuldade das distribuidoras está sendo em atender a alta demanda de maneira eficaz. Neste contexto as distribuidoras necessitam das farmacêuticas, que também não estão conseguindo produzir o volume necessário.
Fala do empresário
“Nesse momento, o mais importante é refletirmos e observarmos como juntos poderemos contribuir para a mudança do momento que estamos enfrentando no Brasil e no mundo, seja na falta de matéria prima comum ao mercado mundial, na alta demanda e na baixa produção, e especialmente no fomento da importância de uma política pública federal convergente com o Distrito Federal, estados e municípios, capaz de orientar e garantir o acesso aos medicamentos da população”, diz.