Por Leonardo Rizzo
Nos últimos anos, o polo atacadista da Região da 44, em Goiânia, tem se destacado como um dos principais centros comerciais de moda do Brasil, atraindo não apenas consumidores locais, mas também de diversas regiões do País, que vêm para a região em busca de compras no atacado. Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), a região movimentou mais de R$ 8 bilhões em vendas no ano passado, representando uma fatia significativa do comércio da cidade e também para o turismo de negócios da Capital.
No entanto, apesar de seu potencial econômico, o polo enfrenta desafios significativos que precisam ser abordados para garantir seu contínuo crescimento e desenvolvimento. Um dos problemas crônicos enfrentados pelos lojistas da região, além do trânsito confuso e que prejudica as vendas, é a presença excessiva de ambulantes informais ocupando as calçadas, dificultando a circulação dos clientes e prejudicando o ambiente de negócios. Essa situação não apenas afeta a experiência de compra dos consumidores, más também representa um obstáculo para o crescimento sustentável das empresas estabelecidas na área.
De acordo com dados da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), apenas em dezembro, a Região da 44 deixou de efetivar mais de 2 mil empregos temporários devido à atuação de ambulantes. Nesse cenário, é essencial buscar soluções eficazes para resolver os problemas enfrentados pelos lojistas da região. Exemplos de outras cidades que lidaram com desafios semelhantes podem oferecer insights valiosos para Goiânia.
Em São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, foram implementadas medidas para regularizar a atividade dos ambulantes, designando áreas específicas para sua atuação e garantindo que não interfiram nas operações das lojas estabelecidas. Além disso, foram realizadas campanhas de conscientização sobre a importância de respeitar o espaço públicos e as normas comerciais.
Para resolver os problemas enfrentados pelo Polo Atacadista da Região da 44, é fundamental adotar uma abordagem integrada que envolva a participação ativa dos comerciantes, autoridades municipais e órgãos reguladores. Isso inclui a implementação de políticas que regulamentem a presença dos ambulantes, a melhoria da infraestrutura urbana, como a ampliação das calçadas e a instalação de mais lixeiras e bancos, e o fortalecimento da segurança pública na área.
Somente por meio de uma abordagem colaborativa e comprometida será possível transformar o Polo Atacadista da Região da 44 em um ambiente mais organizado, atraente e propício aos negócios. Ao enfrentar esses desafios de frente, Goiânia poderá consolidar sua posição como um polo comercial de destaque nacional.
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