O médico Farley Vinícius Alencar de Alcântara é um dos indiciados pela pela Polícia Federal (PF) por fraudes em cartões de vacina. De acordo com os registros da operação, Farley participou de um esquema de fraude em dados de vacinação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e pessoas próximas a ele.
Farley foi acusado por falsidade ideológica e tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informação.O médico teria usado dados de vacinação de uma enfermeira para fraudar o cartão de vacina da esposa de Mauro Cid, Gabriela Santiago Ribeiro Cid.
Segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Farley foi acionado por seu tio, Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, enquanto prestava serviços para a prefeitura de Cabeceiras, em 2021.
Na ocasião, Farley teria conseguido um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde de Cabeceiras, preenchido com duas doses de vacina contra a Covid-19, com o nome de Gabriela Cid.
Conforme apuração da Polícia Federal, mensagens de WhatsApp provam que os dados da vacina que constam no cartão de vacina de Gabriela foram retirados, pelo médico, do cartão de vacinas de uma enfermeira que teria sido vacinada no município de Cabeceiras.
Além de entregar o cartão falso, Farley também teria entregue outro cartão em branco. Isso, porque o grupo não teria conseguido cadastrar o cartão anterior no sistema do Rio de Janeiro. “Tirei foto do cartão da enfermagem lá. Pq não deu certo?”, diz o médico em mensagem ao tio.
A suspeita da Polícia Federal é de que Mauro e Gabriela Cid, Luis Marcos e Ferley, tenham “se unido” para o crime de falsidade ideológica.
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