Por Júnior Schumacher
Promessa do futebol brasileiro, e que efetivamente está se tornando uma realidade, o atacante do Palmeiras, Endrick, de apenas 17 anos, foi o grande destaque dos dois amistosos em que a seleção brasileira realizou nesta Data Fifa, contra Inglaterra e Espanha, respectivamente no sábado (23), e na última terça-feira (26).
O jovem atleta que está vendido para o Real Madrid desde dezembro de 2022, e que envolveu cifras milionárias na casa de 35 milhões de euros, e algumas bonificações por gol marcados após o acerto, foi autor de dois tentos nos confrontos contra ingleses – vitória brasileira por 1 a 0 -, e empate em 3 a 3, diante dos espanhóis.
Os gols colocaram Endrick no rol dos cinco jogadores mais jovens a deixarem suas marcas com a camisa verde e amarela. A lista é encabeçada por Pelé, seguido por Edu, Ronaldo, Endrick e Coutinho.
As informações acima são públicas e notórias da maioria das pessoas que acompanham os noticiários esportivos, mas o que muitas pessoas não sabem é que os primeiros passos pelo o agora jogador da seleção brasileira foram dados aqui em Aparecida de Goiânia, especificamente no Go Cup – considerado o maior torneio de futebol infantojuvenil do mundo -, que coincidentemente está ocorrendo na cidade no decorrer desta semana, e que por sinal sedia as disputas desde a primeira edição do evento.
Quando tinha apenas 10 anos, em 2017, Endrick disputou a Go Cup, pelo Brasília Fut Academy, time que tinha parceria com o São Paulo. A família do jogador tinha residência fixa no Distrito Federal.
O desempenho do atleta mirim foi impressionante. Ele fez 17 gols em sete jogos, além de outras jogadas incríveis, que chamaram atenção.
Após a competição, Douglas Sousa, pai do menino, postou na internet o vídeo com os lances do filho no torneio. A publicação chegou ao Palmeiras, que se encantou com as jogadas e convidou o menino para fazer uma semana de testes.
O desempenho de Endrick nos testes também foi muito bom, e ele acabou se mudando com os pais para São Paulo para integrar o time sub-11 do Verdão, e o restante da história é a trajetória que todos têm acesso nos dias atuais.
São Paulo recusou estadia ou emprego a pai de Endrick, que acabou indo para o Palmeiras
Quando ainda tinha oito anos, o garoto Endrick jogava pelo Brasília Fut Academy, que tinha parceria com o São Paulo, que já monitorava o atacante.
O jogador e seu pai, Douglas, então, iam duas vezes por ano ao CT são-paulino, na capital paulista, para realizar avaliações.
Aos 10, idade que possibilitaria o jogador morar nos alojamentos, o Tricolor Paulista fez uma proposta para o atleta mirim. Seu pai, porém, disse que aceitaria caso o clube bancasse moradia para a família ou desse um emprego para ele, já que moravam em Brasília. A contraproposta foi uma ajuda de custo de R$ 150 por mês.
Dessa forma, Endrick acabou não fechando com o São Paulo, o que motivou o pai a postar o vídeo que encantou o Palmeiras e motivou sua contratação.
“Passa um filme porque eu sempre tive dificuldade (na vida). Trabalhava no Palmeiras na limpeza. Vendi café da manhã nas ruas de São Paulo e não me arrependo em nenhum momento de tudo que eu fiz, porque eu sei que tudo o que eu fiz hoje está sendo glorificado vendo meu filho com a camisa da seleção. Difícil, difícil de falar. Eu sempre falo que nunca vou chorar, mas não tem como, porque passa um filme, sabe? E vendo meu filho. Ver meu filho vestindo a camisa da seleção. É surreal. É coisa de Deus! É. Difícil dizer”, disse emocionado, Douglas Sousa, pai de Endrick.
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