Guardas civis municipais de Aparecida podem começar a operar por meio de aquartelamento
Há 34 dias acampados com barracas em frente à prefeitura por justiça salarial, os guarda poderão vir atuar nos próximos dias sem atender ocorrências na rua. O SindGuardas explicou à reportagem que isso não configura greve
Ana Paula Arantes
Sindicato dos Guardas Civis Municipais do Estado de Goiás (Sindguardas), informou ao Diário de Aparecida que a entidade está preparando uma convocação dos guardas para uma assembleia extraordinária para, se houver concordância entre a maioria dos agentes, decidirem pelo movimento de aquartelamento. Ronaldo Ferreira Egídio, Guarda Civil e presidente do SindGuardas frisou que não se trata de uma greve, pois no aquartelamento o agente cumpre sua carga horária normalmente. Ademais falou que o sindicato não está à frente da manifestação que ocorre no pátio da Cidade Administrativa, prefeitura da cidade em vigência desde o dia 3 de janeiro.
“O guarda estará no posto de trabalho, porém, não atenderá ocorrências na rua; deixamos claro que isso não configura greve. O sindicato também está produzindo o edital de chamada para a assembleia na expectativa de adesão dos guardas ao aquartelamento. Caso venham a aderir, o SindGuardas se posicionará com todo amparo legal. Pretendemos notificar o Executivo Municipal na próxima terça-feira dia 8. Ratifico que até o momento o sindicato não foi atendido em nenhuma das solicitações. A assembleia pode acontecer na sexta-feira dia 11. Todos os órgãos pertinentes serão comunicados, entre eles, saúde, educação, segurança pública, os responsáveis das polícias civil e militar, Ministério Público Municipal, entre outros”, especificou o GCM e presidente do SindGuardas, Egídio.
“Quer saber se o prefeito é bom? Converse com os funcionários públicos”
Djheis William de Azevedo, presidente da Associação do Servidor Público Municipal e Estadual do Estado de Goiás (ASEM-GO), disse ao Diário de Aparecida que a entidade reconhece que a manifestação dos guardas por meio de barracas acampadas em frente a prefeitura é legal. Colocou que o aumento de 9,94% não muda nada no salário base da maioria dos servidores públicos. Djheis William citou que os servidores comissionados que trabalham na área social, como os motoristas das ambulâncias, cujo os salários não terão alteração em nada, pois seus tíquetes de alimentação giram em torno de 60 reais mensais.
“Já a Guarda Municipal sequer tem vale alimentação, apesar de terem ganhado na justiça, como as horas extras, ganhos em 2ª instância, recorreram novamente, mas estão perdendo na justiça. O que eu vejo é que o Poder Público Municipal não cumpre as sentenças judiciais, isso é um total desrespeito com o funcionário público. Quer saber se o prefeito é bom? Converse com os funcionários públicos que estão em campo, certamente será constatado uma enorme insatisfação com o nosso prefeito que visivelmente está mal assessorado”, opinou, Djheis William. (A.P.A.)
GCM’s realizam Culto Ecuménico em frente à prefeitura
A Associação dos Guardas Civis do Estado de Goiás a (AGC-GO) por meio do seu presidente Jeferson Monteiro Santana, fez menção do Culto Ecumênico realizado às 16 horas na quinta-feira, dia 3 em frente à prefeitura de Aparecida, com os guardas civis presentes e não presentes no acampamento. Segundo o convite, o objetivo do encontro foi para adorar a Deus e rogar por bênçãos familiares e profissionais.
Santana disse que a AGC-GO como uma entidade classista não podia deixar de prestar o apoio religioso aos acampados. Informou que o pastor Modesto, Inspetor da Guarda Civil ministrou uma palavra para que os guardas buscassem forças em Deus e continuassem a batalha pelos seus direitos trabalhistas não cumpridos ao longo da atual gestão municipal. (A.P.A.)