Operação de resgate busca submersível da OceanGate desaparecido durante expedição ao Titanic
As equipes de resgate dos Estados Unidos e Canadá estão numa corrida contra o relógio para localizar um submersível que desapareceu em uma expedição ao Titanic no domingo (18/06). A Guarda Costeira dos EUA, em uma coletiva de imprensa em Boston, afirmou que o veículo ainda tem aproximadamente 40 horas de oxigênio. Um mergulho de reconhecimento no último local conhecido do submersível foi iniciado pela entidade.
O capitão Jamie Frederick, revelou que tanto a Guarda Costeira, quanto a Marinha dos EUA e do Canadá, estão empenhadas dia e noite na tentativa de encontrar o submersível. A operação de resgate, que acontece no Oceano Atlântico, cobriu uma área de 7,6 milhas quadradas, maior que o estado de Connecticut, mas até o momento a embarcação não foi encontrada. A Marinha do Canadá e dos EUA, juntamente com agências governamentais e empresas especializadas em águas profundas, estão contribuindo na busca.
No submersível, estão a bordo Hamish Harding, empreendedor e explorador britânico bilionário, e o empresário britânico-paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Suleman. A empresa responsável pela expedição, OceanGate, afirmou que o CEO Stockton Rush também faz parte da tripulação. É possível que o explorador francês Paul-Henry Nargeolet também esteja a bordo, de acordo com um post de Harding no Facebook.
“Atualmente, estamos focados em mobilizar o máximo de recursos na região”, disse o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA. Aviões militares, um submarino e boias equipadas com sonares estão sendo utilizados para encontrar o veículo.
O Titanic se encontra a 700 km ao sul de St John’s, no Canadá, mas o resgate está sendo coordenado a partir de Boston, nos EUA. O navio de pesquisa Polar Prince realizou buscas na superfície na segunda-feira à noite. Este mesmo navio transportou o submersível até o local do Titanic e também serviu de apoio na expedição de domingo.
Acredita-se que o submersível desaparecido seja o Titan, da OceanGate, onde o jornalista da CBS, David Pogue, viajou no ano passado para visitar os destroços do Titanic. Pogue explicou que a comunicação entre o navio de apoio e o submarino se dá por meio de mensagens de texto, quando o navio está diretamente acima do submarino. As comunicações via GPS ou rádio não são possíveis debaixo d’água e a saída independente da embarcação também não é viável, pois a entrada é trancada por parafusos colocados do lado de fora.
Segundo o site da OceanGate, a empresa possui três submersíveis, mas apenas o Titan tem capacidade para alcançar os destroços do Titanic. O Titan pesa 10.432 kg e pode atingir uma profundidade de quase 4.000 metros.
O bilhete para a expedição de oito dias custa US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1, 2 milhão) e inclui mergulhos até o Titanic a uma profundidade de 3.800 metros.
A empresa agradeceu toda a ajuda recebida de várias agências e empresas na busca pelo submersível. Em seu site, a OceanGate promove a viagem como uma oportunidade de “escapar da rotina e descobrir algo verdadeiramente extraordinário”.
O Titanic, o maior navio de sua época, naufragou em 1912 depois de colidir com um iceberg em sua viagem inaugural do Reino Unido para os EUA. Mais de 1,5 mil dos 2,2 mil passageiros e tripulantes a bordo morreram. Os destroços foram explorados desde que foram descobertos em 1985. No mês passado, foi realizada a primeira varredura digital em tamanho real do naufrágio do Titanic.
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