A Polícia Federal (PF) está tomando medidas para solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o bloqueio dos R$ 17,2 milhões doados ao ex-presidente Jair Bolsonaro por meio de transações via Pix feitas por seus seguidores. As investigações indicam possíveis fraudes e suspeitas de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-presidente.
De acordo com informações obtidas pela revista IstoÉ, investigadores da Polícia Federal acreditam que Bolsonaro possa estar usando depósitos fragmentados para ocultar a lavagem de dinheiro. O valor doado através do Pix é suspeito de estar relacionado à comercialização de joias e presentes que foram ofertados ao ex-presidente e posteriormente vendidos nos Estados Unidos.
Segundo relatos, os R$ 17,2 milhões transferidos para a conta bancária de Bolsonaro seriam destinados ao pagamento de multas que ele teria recebido por não cumprir o uso obrigatório de máscaras durante a pandemia. No entanto, as autoridades estão questionando a origem desse dinheiro e se ele foi obtido legalmente.
A Polícia Federal pretende apresentar um pedido ao ministro Alexandre de Moraes para bloquear os fundos e obter informações bancárias e fiscais de Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro. Essas medidas são consideradas fundamentais para identificar a fonte do dinheiro depositado de maneira fragmentada.
A defesa de Bolsonaro entregou, de forma voluntária, os extratos bancários do ex-presidente ao STF, uma semana após a quebra do sigilo bancário determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. Os advogados afirmam que os extratos se referem ao período em que Bolsonaro ocupou o cargo e que ele está disposto a prestar esclarecimentos sobre sua movimentação financeira.
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