Caso da chacina no DF tem reviravolta: Polícia Civil acredita que marido e sogro também foram assassinados
Investigadores acreditam que eles se desentenderam com criminosos e também foram mortos pelos assassinos da chacina do DF
O caso da cachina do DF, onde inicialmente, seis membros de uma mesma família que desapareceram na última semana em Cristalina, cidade do entorno do Distrito Federal, que fica a 281,3 KM de Goiânia, passou por uma reviravolta nesta quarta-feira, 18.
Uma nova linha de investigação da Polícia Civil de Goiás, aponta que Thiago Gabriel Belchior e Marcos Antônio Lopes, marido e sogro da cabeleireira Elizamar da Silva, também podem ter sido assassinados na chacina do DF.
Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com a hipótese de que eles poderiam ser os mandantes da morte de toda a família.
Segundo a Polícia, o número de pessoas que podem ter sido assassinadas chega a 10. Isso porque a amante de Marcos e sua filha também estão desaparecidas.
As 10 pessoas desaparecidas são: Elizamar da Silva e seus três filhos; Thiago Belchior e seu pai,Marcos Antônio; Renata Juliene e Gabriela Belchior, mãe e irmã de Thiago; a ex-mulher de Marcos e a filha dela, cujos nomes não foram divulgados.
Quatro corpos carbonizados foram encontrados no dia 12 de janeiro em um carro no meio da pista, na GO-436, rodovia de Cristalina (GO) e distante cerca de 130km de Brasília. O veículo é de propriedade de Elizamar. A polícia aguarda laudo da perícia para confirmar se os corpos eram da cabeleireira e seus filhos.
Os investigadores tentam traçar o passo a passo que o condutor do veículo fez para chegar até a cidade goiana. Policiais civis saíram em busca de câmeras de segurança das rodovias, que podem ser peças-chave na apuração.
No dia seguinte, 13 de janeiro, outro carro foi encontrado carbonizado com dois corpos dentro. O último veículo estava em Unaí, Minas Gerais. Na tarde da quarta-feira, 18, a Polícia Civil do Distrito Federal encontrou mais um corpo decapitado que pode ser a sétima vítima do caso.
O corpo estava no local que foi usado como cativeiro para duas mulheres da família: Renata Juliene Belchior, de 52 anos, que seria sogra de Elizamar, e Gabriela Belchior Oliveira, de 25 anos, que era cunhada da cabeleireira.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, Alexandre Pinto Lourenço, o desenrolar das investigações e as três prisões efetuadas apontam para que o crime seja um caso de crime patrimonial, que pode ser de extorsão mediante sequestro ou sequestro relâmpago.
Inicialmente a polícia suspeitava que Thiago Belchior, marido da cabeleireira, e o pai dele, Marcos Antônio, poderiam ter encomendado a morte da família e prometido pagar o valor de R$ 100 mil aos assassinos. O dinheiro seria retirado de uma propriedade vendida por R$ 400 mil.
Com a nova linha de investigação, a Polícia Civil acredita que pai e filho participaram do planejamento do crime, mas que tiveram desentendimentos com os assassinos e acabaram também mortos. Ainda de acordo com informações da Polícia Civil, os dois chegaram a ficar no cativeiro em Planaltina junto com as outras vítimas.
Foram presos até o momento Fabrício Silva Canhedo, Horácio Carlos Ferreira e Gideon Batista de Menezes. A Polícia Civil disse que Horácio Carlos confessou o crime e disse que foi contratado pelo sogro da cabeleireira para cometer os assassinatos. O valor combinado era de R$ 100 mil reais.
Entretanto, essa não é a única linha de investigação, já que, segundo os policiais, Thiago e Marcos Antônio também poderiam ter sido assassinados. A venda de uma casa no valor de R$ 400 mil pode ser a motivação da chacina.
A Polícia Civil segue a investigação e montou uma força tarefa para desvendar o caso.