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Qualidade do ar melhora em Goiânia durante isolamento social

Monitoramento aponta redução de material particulado no ar durante pandemia de coronavírus

A qualidade do ar em Goiânia teve melhora registrada durante o período de isolamento social determinado pelo Governo de Goiás como medida de enfrentamento à pandemia de coronavírus. Monitoramento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) apontou uma redução na presença de material particulado no ar a partir da suspensão das aulas e do fechamento de estabelecimentos comerciais.

O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) realiza o monitoramento da qualidade do ar a partir da medição dos níveis de partículas totais em suspensão (PTS) na atmosfera em duas estações localizadas em Goiânia, uma na Praça Cívica e outra na Escola de Engenharia da Universidade Federal de Goiás (UFG), próximo à Praça Universitária.

A partir da publicação do Decreto, que suspendeu diversas atividades em Goiás, os níveis de PTS no ar apresentaram queda acentuada, saindo do índice de 41 microgramas de PTS por metro cúbico (µg/m3) para 18 µg/m3, entre os dias 11 e 23 de março, permanecendo na classificação “Boa”, abaixo de 40 µg/m3, desde então.

Em comparação com dados de 2019, a redução é de 31%. Na estação da Praça Cívica, em março de 2020 foi obtida, em média, uma concentração de 29 µg/m3. No mesmo período no ano passado, foi registrado um valor médio de 42 µg/m3.

A queda tende a se manter em abril. Até o momento, abril de 2020 tem uma média de 27 µg/m3, 32% a menos do que os 40 µg/m3 registrados no mesmo período no ano passado.

Na estação da Praça Universitária, a redução em março foi de 26%, saindo de 39 µg/m3 em 2019 para 29 µg/m3 em 2020. Neste mês de abril, a média registrada até o momento é de 27 µg/m3, que representa uma redução de 32% em comparação com o mesmo período no ano passado, quando foi obtido um valor médio de 40 µg/m3.

Segundo André Amorim, gerente do Cimehgo, o cenário é provisório e deve ser afetado pela retomada gradual das atividades e pelas especificidades do clima na capital. “Com a retomada das atividades normais da sociedade, a tendência é que esses níveis aumentem novamente, tendo em vista ainda, o período de estiagem que se aproxima, onde há um maior acúmulo de poluição no ar”, explica.

A secretária Andréa Vulcanis afirma que, apesar de quase simbólica, a melhora na qualidade do ar mostra como as ações humanas são rapidamente assimiladas pelo meio ambiente.

“Estamos vendo o ar mais puro, os rios mais limpos e exemplos assim no mundo todo”, afirma a secretária. “A atividade humana impacta de forma muito agressiva a natureza e cabe a nós buscarmos ações que pelo menos diminuam este impacto”, diz. “Este período de isolamento forçado pela pandemia nos dá mostras de que é possível alcançar melhorias no curto prazo com ações bem executadas”, conclui.

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