Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Todo poder às mulheres

A passagem de mais um Dia Internacional da Mulher, data acordada mundialmente para homenagear o sexo feminino e celebrar suas conquistas históricas, traz também a oportunidade para uma reflexão sobre o caso particular de Aparecida – onde a presença masculina é esmagadora na política e nos órgãos da administração municipal.

O prefeito Gustavo Mendanha, que defende a sua gestão como moderna e avançada, tem no seu secretariado de 27 pastas somente uma mulher, a sua própria esposa, Mayara Mendanha, que é titular da Assistência Social. No Poder Legislativo, de um total de 25 cadeiras, 23 estão ocupadas por homens e apenas 2 por mulheres. 

Esse “machismo” contrasta com outras esferas do setor público, em Goiás, como o governo estadual ou as prefeituras de Goiânia, de Anápolis e de Senador Canedo, que contam com um elevado número de colaboradoras em posições de destaque – em reconhecimento à relevância das mulheres na sociedade contemporânea, depois de séculos e séculos de injusta marginalização e inaceitável preconceito.

Infelizmente, o poder e a política municipal aparecidense estão defasados diante da nova realidade que permeia a maioria dos povos, em que são garantidos lugares de projeção para as representantes do sexo feminino. É direito delas, não concessão dos homens. Se, nesse sentido, surgir em Aparecida a compreensão de que essa situação significa atraso e arcaísmo e não interessa à sociedade, já daremos um passo adiante. É essa a batalha do Diário de Aparecida, que não quer dizer críticas a quem quer que seja, mas fundamentalmente um chamamento à conscientização das autoridades que têm em mãos condições para mudar esse triste cenário.

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