Aparecida

Painel oficial da Covid-19 em Aparecida é suspeito

Da Redação 

O Painel oficial da Covid-19, que resume as estatísticas diárias sobre o avanço da pandemia em Aparecida, sob responsabilidade da prefeitura, não é confiável. A cidade está próxima de bater uma marca macabra: 1.000 mortes pela Covid-19, isso não se falando nas subnotificações e na ausência de transparência sobre a divulgação dos óbitos provocados pela pandemia no município. 

As atas do COE, o Comitê de Prevenção e Enfrentamento criado pelo prefeito Gustavo Mendanha, são mantidas sob sigilo, se é que são feitas. Uma solicitação do Diário de Aparecida para conhecimento do teor desses papeis não foi respondida pelo secretário municipal de Comunicação, Ozéias Laurentino.

A ocultação de informações é grave porque representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, órgãos independentes, têm assento no COE e a citação desse fato é usada com frequência pelos porta-vozes da prefeitura para autenticar moralmente as decisões do Comitê. 

Os números do Painel da Covid-19 da prefeitura têm rachaduras na sua credibilidade. O município está próximo de alcançar a marca fatídica de 1.000 mortes pela nova doença, o que deve gerar mais desgastes para o prefeito Gustavo Mendanha – o único gestor de cidade acima de 100 mil habitantes em Goiás a adotar medidas flexíveis para o funcionamento do comércio, indústria e serviços. 

O Painel da Covid-19 em Aparecida, conforme prometido pela prefeitura, deveria ser atualizado todos os dias rigorosamente às 17 horas, mas nem sempre é assim, o que deixa margem para questionamentos sobre a sua fidelidade aos fatos. No dia 24, por exemplo, isso não foi feito. Até as 19 horas, não haviam sido postados novos dados. No dia seguinte, 25, constava a informação – falsa – de que o Painel havia sido atualizado às 17 horas do dia 24.

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