Editorial do Diário de Aparecida: Decisão responsável

Em mais uma demonstração de entrosamento e responsabilidade diante da população de Goiás e, em especial, dos moradores de Goiânia, o governador Ronaldo Caiado e o prefeito da Capital, Rogério Cruz, mais uma vez se entenderam a respeito das medidas preventivas necessárias para prevenir a disseminação da Covid-19 – cuja 2ª onda, agora, tem se revelado muito mais mortal que o período de auge da pandemia, no ano passado.
Ambos os governantes compreenderam a importância de manter um certo nível de isolamento social, porém flexibilizando na medida do possível as condições para o funcionamento do comércio, indústria e serviços. Essas atividades econômicas não essenciais continuarão de portas abertas, como estão, só que submetidas a restrições de horário e menor tempo de atendimento ao público, contudo, sob observação, para a eventualidade de uma nova suspensão geral se tornar indispensável para conter o coronavírus.
Aparecida, infelizmente, continua fora do regramento que, em nova conformação, será seguido em Goiânia e nos maiores municípios, com base em informações sérias, realistas e fundamentadas em base científica e médica. Caiado e Cruz tomaram a sua decisão considerando os aspectos técnicos, ouvindo a todos, mas sem prevalência de nenhum segmento ou opinião a não ser a visão do que melhor representa o equilíbrio entre o combate à Covid-19 e os interesses de quem trabalha e produz riquezas para Goiás, em ambos os casos uma questão de sobrevivência.
O prefeito Gustavo Mendanha, ao contrário, se ampara em um comitê de enfrentamento e prevenção, que é composto, em sua maioria, por empresários e por funcionários municipais, como, por exemplo, o secretário de Fazenda, André Rosa, que não esconde a sua opinião amplamente favorável à liberação do comércio, indústria e serviços para que continuem pagando seus impostos e garantindo a arrecadação da prefeitura. Lamentavelmente, os riscos, para os aparecidenses, são maiores do que para os seus irmãos da região metropolitana.