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Antes de receber ajuda, prefeitos deveriam seguir o exemplo de Caiado

O governo estadual vai lançar esta semana o programa “Goiás em Movimento nos Municípios”. Será um erro de R$ 200 milhões. Estão previstas obras inúteis ou adiáveis de pavimentação, sinalização e drenagem, informa O Popular, espécie de Diário Oficial dos lançamentos do governo.
Uma ideia ruim costuma ter explicação pior ainda. É o caso: os prefeitos estão gastando mais com saúde, daí a necessidade de obras viárias. Ronaldo Caiado está indo bem como governador, mas falha em querer ajudar prefeitos. Deve haver exceção em algum lugar, mas prefeito não necessita e muito menos merece ajuda – a não ser que se exija deles o cumprimento de algumas regras, como as do regime de recuperação impostas aos Estados pelo Ministério da Economia.
Para isso, segue aqui uma sugestão de check list:
1 – Comissionados no município só em áreas vitais. Professor em sala de aula. Profissionais de saúde. Mais ninguém.
2 –Demitir e extinguir os cargos comissionados.
3 – Concurso público só depois de dez anos do fim do programa. Analisar caso a caso os estágios probatórios. Esquecer cadastros com pessoal de reserva.
4 – Acabar com diárias, abastecimento e todas as demais mordomias.
5 – Locação zero, seja de veículo, máquina, equipamento ou qualquer outra coisa.
6 – Comprar e manter apenas ambulâncias. Nenhum outro veículo.
7 – Rever 100% dos contratos, que desde já ficam suspensos.
8 – Sustar todos os pagamentos a fornecedores e prestadores de serviço.
9 – Entregar aos Ministérios Públicos (MPE, MPF e junto ao TCU) todos os absurdos que 100% dos prefeitos cometem com eventos, populismo em datas e outras carnificinas com emendas parlamentares, FPM e repasses do ICMS.
INVESTIR NO MUNICÍPIO, NÃO NO PREFEITO – São formas de amainar o erro. De qualquer modo é errado investir em prefeito: gastar com retoque de rua é torrar dinheiro público com prefeito, não com a cidade.
PREFEITURA É IGUAL A BANCO, SEMPRE TEM MUITO DINHEIRO – É falácia a crise nas prefeituras. Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro foram e são mães para os prefeitos. Sobra verba nos 246 municípios o ano inteiro, todos os anos. A pandemia tem sido ótima para os cofres municipais. Nunca entrou tanto recurso a ser gasto sem licitação. E chegou rápido. Prefeitos estão nadando em notas vivas de reais.
ESTADO É PRIMO POBRE – O Estado vive momento completamente o oposto: A – Herdou o caos do RRF (Regime de Ratos Famintos). B – Teve de pagar 15 folhas em 2019. C – Nenhuma capacidade de obter dinheiro novo. D – Passivo imenso com merenda e transporte escolares. E – 7 mil km de buracos no asfalto-Sonrisal. F – Agência de obras públicas com uma corrupção por centímetro. G – Centenas de obras inacabadas e já inauguradas. H – Assassinatos, tráfico de drogas e roubos de carros como nunca se havia visto.
CAIADO É O MELHOR EXEMPLO – Os prefeitos deveriam agir como o governador fez: preencher apenas parte dos cargos em comissão, reduzir as funções gratificadas, demolir privilégios, formar equipe qualificada.
O SR. VACINA – Ronaldo Caiado ampliou seu prestígio nacional ao moralizar o Estado e convencer o presidente da República a investir na imunização. Caiado fez da vacina questão de Estado. Nota 10 com louvor.
INTERNET É O FUTURO – Quer ajudar os municípios? Faça como impôs a si: acredite no futuro. Gaste os R$ 200 milhões para melhorar a internet nas casas dos 500 mil estudantes da rede pública. Tapar buraco de asfalto malfeito é dever de quem fez a porqueira. Dura até a próxima chuva. Internet que presta será um bem para a Humanidade: 500 mil jovens de Goiás linkados nas oportunidades.

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