Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Nada a mostrar

A priorização de assuntos políticos acima dos interesses mais imediatos da população está levando a administração de Gustavo Mendanha a uma paralisia preocupante, uma vez que já se passaram quatro anos e quase seis meses desde que ele assumiu o comando sem que, até hoje, tenha uma marca ou ao menos uma obra de expressão para identificar os seus mandatos.

Os prefeitos do passado, como Norberto Teixeira, Ademir Menezes ou Maguito Vilela, são lembrados pelo conjunto de realizações que inscreveram seus respectivos governos na História. Foram eles que iniciaram e ampliaram o processo de industrialização que transformou o município em uma potência econômica, mas que foi desacelerado pelo atual prefeito, apontado pelo deputado federal Glaustin da Fokus, ele mesmo grande empresário e com conhecimento profundo do setor, como o que menos atraiu investimentos capazes de gerar empregos e renda para Aparecida, menos até que o apagado José Macedo.

Também não há nada construído de relevante pelo sr. Mendanha. Norberto e Ademir rasgaram as avenidas que abriram os horizontes urbanos de Aparecida, no que foram seguidos por Maguito com a implantação dos eixos Norte-Sul. Os três deixaram como legado, também, os polos industriais, área em que a cidade, hoje, chama a atenção do resto do País pelo sucesso alcançado como estratégia de desenvolvimento.

Vale lembrar que a grande vitrine apresentada pela atual administração como exemplo para o resto do Estado, o hospital municipal, foi erigido por Maguito, que mostrou ser um visionário como gestor público e reafirmou, mais uma vez, a sua conhecida dedicação à busca de solução para as questões sociais que oprimem as classes desprivilegiadas, em especial quanto à saúde. O que Mendanha fez foi permitir que o HMAP mergulhasse em uma crise com repetidas manifestações de desorganização, tendo até sido transformado em alvo de uma operação policial.

O que a Prefeitura de Aparecida mais precisa, hoje, é mostrar serviço e diminuir o investimento no marketing, que engana a sociedade sem trazer solução para as suas angústias e aflições. E, sobretudo, cuidar menos de política e se dedicar ao trabalho sério da condução do município pelo caminho certo.

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