Aparecida

Acirlag defende o fim do escalonamento regional do comércio

Membro do Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 de Aparecida de Goiânia, o presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (Acirlag) e vice-presidente da Federação das Associações Empreendedoras, Comerciais, Industriais, de Serviços, de Tecnologia, de Turismo e do Terceiro Setor do Estado de Goiás (Faciest-GO), Maione Padeiro, propôs na última reunião, ocorrida na quinta-feira passada, 17, a suspensão do escalonamento regional e a liberação do funcionamento do comércio todos os dias, com restrições. Atualmente, o município se encontra no cenário verde, quando os comércios não essenciais fecham uma vez por semana, conforme a macrozona em que se encontram. A cada dia, de segunda a sexta-feira, fecham duas das dez macrozonas da cidade.

Na justificativa, Maione argumentou que, devido ao fechamento do comércio ocorrer uma vez na semana e as macrozonas serem divididas apenas por uma rua, isso prejudica os comerciantes. Segundo ele, os empresários estão seguindo os protocolos sanitários de combate à Covid-19. Paralelamente à defesa, o presidente da Acirlag salientou que não é o momento para relaxar quanto aos cuidados da pandemia.

“A nossa preocupação é que o cenário piore e haja mais restrições. Acompanho todo o esforço dos comerciantes, todos eles estão contribuindo para o controle da pandemia da Covid-19 em Aparecida de Goiânia. Por isso, acredito que não vai ter a necessidade de ter mais restrições. Por conta de as macrozonas serem divididas por uma rua, isso prejudica os comerciantes das outras. Libera tudo. Coloque regramento, fiscalize mais”, defende.

Maione comentou que os prejuízos econômicos dos comerciantes aparecidenses têm sido expostos com frequência, igualmente a falta de apoio por parte da prefeitura. Tarifas mensais e anuais, como contas de água, energia elétrica, telefone, IPTU e colaboradores, permanecem acumuladas se as portas estiverem fechadas. “A fiscalização precisa ser maior dimensionada aos comerciantes que insistem em desrespeitar os protocolos sanitários e favorecer aos que cumprem as regras mundiais de higiene. O vírus continua matando, é preciso investir mais na conscientização, tanto dos comerciantes como de toda população, ainda mais com a cepa indiana se aproximando”, enfatizou.

É crescente o número de salas comerciais fechadas em Aparecida por conta de os empresários não terem como pagar contas básicas, como aluguel e energia elétrica. Segundo Maione, muitos comerciantes retornam à informalidade e começam a vender laranja, balinhas, bombons em barracas e frutas e verduras nas ruas, por não conseguirem manter o empreendimento. Ele afirma que o poder público não arrecada sem atividade formal e que pequenos e grandes empresários estão sofrendo para manter os seus empreendimentos.

Na concordância com os especialistas em saúde, o presidente da Acirlag destaca que a vacinação em massa é a melhor solução para combater o coronavírus. “Então, não tem outro caminho, vai ter que vacinar todos mesmo. Quanto mais vacina vier, a gente vê a nossa economia voltando, porque ela não suporta mais. O dinheiro precisa circular para voltar a gerar emprego, tirar as pessoas da informalidade”, justifica.

Aumento de casos acende o alerta para novas restrições em Aparecida

Com o avanço do número de contaminações registrado nas últimas semanas, comerciantes de Aparecida de Goiânia ligam o alerta para a possibilidade de retorno a cenários de maior restrição no modelo de escalonamento adotado na cidade. A própria prefeitura cogita ser possível a volta ao cenário amarelo – com um fechamento por macrozona de segunda a sexta e outro aos domingos para todas as regiões – na próxima semana. Há possibilidade até de adoção do cenário laranja, ainda mais restritivo.

Concomitantemente, Padeiro diz que está preocupado com o avanço e as variações da Covid-19. Recentemente, uma cepa indiana foi encontrada em Goiânia. Sobre isso, ele afirmou que o comitê se preocupa com a variação do cenário epidemiológico no município e que adota as medidas necessárias de controle da doença e por isso vai analisar o pedido de suspensão do escalonamento com mais critério. “O comitê tem sido técnico mesmo, e muito preocupado.

O Sinditur e outras entidades são responsáveis. Semana passada foi identificada uma cepa indiana em Goiânia. Então, quer dizer, precisamos ter muito cuidado, a gente pode voltar a perder o controle e voltar tudo de novo. Essa é a nossa preocupação, de ver o nosso comércio sendo prejudicado”, diz ele.

A tendência é de que a definição das medidas a serem adotadas aconteça na reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, ainda sem data definida. No entanto, a avaliação interna dentro do próprio comitê é de que o mapa de calor já está em cenário amarelo, mesmo o município adotando o modelo menos restritivo do escalonamento por macrozonas.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (Acirlag), Maione Padeiro, aponta que a preocupação é geral, sobretudo em setores já desgastados com a pandemia, como bares, restaurantes, e ligados a eventos. Mas lembra que pequenos comércios, como salões de beleza, barbearia, assistência de celular, também sofrem diretamente com o maior número de restrições. “Vemos a preocupação do secretário Alessandro Magalhães. Por isso pedimos para os colegas comerciantes que ajudem e sigam os protocolos da melhor maneira possível”, alerta.

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