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Editorial do Diário de Aparecida: Fim da caçada

Após 20 dias de buscas, chegou ao fim nesta segunda-feira, 28, a procura de Lázaro Barbosa. O serial killer que assustou a Bahia anos atrás, e agora Goiás e o Distrito Federal, foi morto pelas forças policiais do Estado após entrar em confronto com agentes que atuavam na operação de captura do criminoso, de 32 anos. O secretário de Segurança Pública de Goiás afirmou em entrevista coletiva que “não foi o desfecho que queríamos”, afinal, a prisão dele seria de extrema importância para ajudar a desvendar muitos crimes.

O assustador foi assistir às manifestações populares na grande mídia de televisão e nas redes sociais. Milhares de pessoas, incluindo jornalistas, comemorando a morte de Lázaro Barbosa, quando, na verdade, o que deveria ser celebrado era a prisão do criminoso. Claro que todos nós sabemos de uma parte dos inúmeros crimes cometidos por Lázaro, inclusive, com requintes de crueldade, mas nenhuma vida vale mais do que outra.

Assim como as forças policiais do Estado de Goiás, acreditamos que o destino de Lázaro deveria ser a prisão, para que ele pagasse judicialmente por seus atos. Não cabe a nós, seres humanos, cheios de falhas e transgressões, celebrarmos a morte de uma pessoa e julgarmos com autoridade as práticas cometidas por ele. Isso cabe à Justiça e aos homens e mulheres incumbidos de cumprir as leis brasileiras.

O que nos tornam diferentes de Lázaro neste exato momento, se assim como nos atos cometidos por ele, falta-nos humanidade ante os acontecimentos de ontem? A todos os policiais e à Segurança Pública de Goiás, parabéns pelo trabalho de coragem e incansável durante todo esse período para proteger a população local. A nós, resta-nos a autorreflexão se de fato estamos conseguindo evoluir moralmente enquanto sociedade civil.

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