Prefeitura de Aparecida deixa a região dos motéis tomada por mato alto e na escuridão
Cuidar de um município de quase 600 mil habitantes não é para amadores. O Diário de Aparecida teve que ampliar o espaço para dar voz às reclamações dos aparecidenses que solicitam à prefeitura que faça os serviços de limpeza, iluminação, roçagem, sinalização, atenção às áreas de risco e aos 90 mil lotes baldios, e outras obras de infraestruturas, incluindo o asfalto.
A Vila Santa é um dos cinco bairros que compreende a região dos motéis em Aparecida de Goiânia, paralelo à BR 153. A população reclamou que a câmara de videomonitoramento da Avenida Nossa Senhora de Lourdes não funciona. Segundo eles, o dispositivo é essencial para a segurança tanto dos moradores quanto dos empresários da região.
E em geral, o bairro está repleto de mato alto e lâmpadas queimadas, fato que preocupa por a região ter histórico de furtos, tráfico de drogas, e prostituição a céu aberto, apesar deste último não configurar como crime. Prosseguindo a queixa, de acordo com o povo, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU) fez somente a retirada parcial do matagal na Vila Santa, a população pede conclusão do serviço.
Os motéis foram chegando ao município na gestão do ex-prefeito Dr. Freud de Melo (1976 a 1981), criador dos setores Vila Santa e Nossa Senhora de Lourdes, e foi tomando espaço, trazendo desenvolvimento também para a região do Setor Santa Luzia, pouco habitada na época.
A maior concentração dos motéis é na Vila Santa e Vila Nossa Senhora de Lourdes. Conforme informações da Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis), Aparecida de Goiânia é a maior cidade da América Latina onde há a maior concentração de motéis do país, em relação ao número de habitantes.
Resposta da prefeitura
A Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação de Aparecida de Goiânia, responsável pela operacionalização da Central de Videomonitoramento, explica que das 650 câmaras instaladas no município, 450 estão em funcionamento em diferentes regiões. As outras vão entrar em operação após ligação de energia por parte da empresa Enel Distribuição.
Em relação à limpeza urbana das áreas sem edificações, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano explica que manter os lotes limpos é de responsabilidade do proprietário, mas que a prefeitura realiza a limpeza regularmente no sentido de amenizar os transtornos para os moradores e depois cobra pelo serviço no valor do ITU. A secretaria explica ainda que o serviço de roçagem é realizado duas vezes ao ano, numa força-tarefa com 40 máquinas roçadeiras, e beneficia todos os bairros do município conforme cronograma.
Sobre a troca de lâmpadas, a Coordenadoria de Iluminação Pública explica que uma equipe de manutenção será encaminhada a Vila Santa para fazer a revisão do serviço ainda nesta semana.
