Especialistas destacam vacinação em massa como principal ação para combater pandemia
A médica infectologista do Hospital Órion e da Polícia Militar Juliana Barreto enfatiza que a vacina contra a Covid-19 é a arma ideal para combater a doença. “Vacinar em massa a população é a nossa esperança para redução e controle da doença, já que nós já sabemos que não há nenhuma medicação profilática, ou seja, preventiva, contra o coronavírus. A medicação preventiva é a vacina. E a vacina, junto com as medidas de segurança, lavagem correta das mãos, uso das máscaras a todo tempo e distanciamento social, é que vai levar à superação da pandemia”, diz ao DA.
Embora haja uma previsão de aumento no ritmo de vacinação contra a Covid-19, as medidas de distanciamento, isolamento, uso de máscaras e higienização das mãos devem ser mantidas sem flexibilização. A orientação é da infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Raquel Stucchi. “O anúncio de que a vacinação está acelerando não nos permite relaxar nenhuma medida de bloqueio da transmissão”, afirma em entrevista à CNN.
Mesmo com a aceleração da vacinação contra a Covid-19, ainda há desafios para serem superados. Um deles é o comportamento que ficou conhecido como sommelier de vacina. A médica infectologista Estela Cirino Catelani explica que todas as vacinas são eficazes e que esperar para receber um imunizante específico compromete a cobertura vacinal. “Todas as vacinas são eficazes e essa escolha de uma vacina ou outra não tem sentido. Atrasa, porque só vamos ter uma proteção quando tiver uma porcentagem boa da população vacinada”, defende ao portal A Cidade On.
A infectologista Estela Cirino Catelani explica que avaliar a eficácia de uma vacina por meio de testes de anticorpos não é eficaz. Sobre o medo de efeitos adversos, a médica tranquiliza. “Outra causa que as pessoas às vezes querem escolher a vacina é o medo de efeitos adversos. Como a AstraZeneca, o fenômeno de tromboembolismo, então a pessoa fala que tem problema de coagulação, mas isso também não tem nenhuma relação com o problema de coagulação que a pessoa possa ter. O mecanismo de tromboembolismo é completamente diferente de outros problemas de coagulação”, finaliza ao portal. (E.M.)