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Ismael Alexandrino diz que gestão Bolsonaro foi de retrocesso para a saúde pública

Deputado federal eleito pelo PSD, Ismael Alexandrino, diz que equipe de transição de Lula identificou equívocos nas políticas de saúde do governo Jair Bolsonaro

O médico e ex-secretário de Saúde do Estado de Goiás,  Ismael Alexandrino,  agora deputado federal eleito pelo PSD e membro da equipe de transição do governo Lula, destacou que a equipe do novo presidente percebeu retrocessos em setores da saúde no governo de Jair Bolsonaro (PL). “Tem algumas vertentes da saúde em que precisaremos avançar porque percebemos um retrocesso. A principal é a vacinação”.

O deputado explicou que problema não se restringe à vacinação contra a Covid-19. Segundo ele,  outras campanhas prioritárias foram atingidas nos últimos três anos. Ele explicou que havia casos em que o índice de cobertura era de 95% e que hoje a  gestão  encontra dificuldades para chegar a 70%. “Doenças que eram erradicadas na América, como a pólio e o sarampo, por exemplo, a gente percebe que se tornaram uma ameaça na sociedade porque não atingimos os índices. O programa nacional de imunização precisa ser resgatado”, avaliou.

Alexandrino elogiou a escolha da socióloga e presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, para ser ministra da Saúde.  “Ela é presidente de uma das principais instituições de saúde, que é um ponto fundamental do nosso Sistema Único de Saúde, teve um papel fundamental na condução da pandemia, trazendo, desenvolvendo e produzindo a vacina”, disse ao defender a escolha de Nísia mesmo ela não sendo médica. 

Alexandrino, que foi eleito com o apoio do governador Ronaldo Caiado (UB), que apoiou Bolsonaro no segundo turno, defende que a saúde é um tema suprapartidário. Na entrevista, ele criticou os sigilos impostos pela gestão do atual presidente e contou que o grupo encontrou dificuldades para acessar informações cruciais.

Relação com Caiado 

Próximo a Ronaldo Caiado  (União Brasiil), Alexandrino diz que quer ajudar o governador na interlocução com o governo federal. “É impossível conduzirmos políticas macro, seja na saúde, seja no social, se não tiver diálogo”, avaliou.Para ele, o presidente eleito e o governador terão uma relação republicana. “Acho que vai ser um governo de coalizão, baseado no diálogo, para que as pessoas sejam ouvidas. É preciso haver convergência nas ações”, acrescentou.

O deputado eleito confirmou ainda  que o seu partido deve ficar na base do presidente Lula, mas que ele vai ter  liberdade nas votações de matérias. “Eu me sinto à vontade para refutar os projetos que não forem bons para a sociedade e também não terei melindre em apoiar aqueles que forem bons”.

Alexandrino reforça que sua principal atuação deve ser na saúde e defende uma discussão mais responsável do piso da enfermagem, que foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Existem 280 pisos salariais, neste momento, tramitando na Câmara Federal. Não dá para implantá-los sem ter discussão com quem paga. Obviamente que a gente quer que todo mundo receba bem, mas nós precisamos discutir com a iniciativa privada, com os filantropos e com o poder público”, defendeu.

 

 

 

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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