O estado de Goiás foi o que mais criou postos de trabalho no campo na região Centro-Oeste durante o 1º semestre de 2023. Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da plataforma do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Com 50.945 admissões e 41.090 desligamentos, Goiás registrou saldo positivo de 9.855 vagas no janeiro a junho, seguido do Mato Grosso, com 8.347 vagas, e do Mato Grosso do Sul, com 5.352 vagas.
O resultado do agronegócio goiano pode ser explicado pelo desempenho das lavouras temporárias, responsáveis pela criação de 7.443 empregos com carteira assinada. Outros destaques foram o segmento de cultivo de cana-de-açúcar, com 2.827 vagas, e o segmento do grupo de atividades de apoio à agricultura e à pecuária, com 2.360 vagas. As novas vagas ajudaram a elevar em 8,6% o número de pessoas trabalhando com carteira assinada no campo em Goiás, já que o estoque de empregos no setor chegou a 124.861.
Para o coordenador dos cursos de Ciências Agrárias da Faculdade Una – que integra o Ecossistema Ânima, Vinícius Almeida Oliveira, o agro impulsiona a geração de empregos em larga escala porque exige profissionais com diversos níveis de qualificação. “Nós temos que lembrar que as propriedades rurais são empresas, então elas têm profissionais de diversos segmentos: administradores, contadores, gestores de pessoas, agrônomos, veterinários, zootecnistas, trabalhadores braçais e muito mais”, pondera.
Embora também empregue profissionais menos qualificados, Oliveira alerta que, quanto mais qualificação, mais fácil entrar no mercado de trabalho e conquistar melhores salários e melhores posicionamentos dentro das empresas. “Hoje, no Brasil, nós vivemos uma característica muito positiva de que abertura de novos segmentos de trabalho e fronteiras agrícolas, então, o agro têm empregado em todas as regiões. É hora de aproveitar esse momento para se encaixar no mercado de trabalho.”
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