AparecidaNotícias
Tendência

Justiça nega ao Detran-GO liminar para impedir Waze de mostrar fiscalizações

O magistrado, ao analisar os autos, verificou que a proibição violaria garantias constitucionais: o da liberdade de informação, e o direito à segurança pública

O juiz Rodrigo Rodrigues de Oliveira e Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual da comarca de Goiânia, indeferiu, na última segunda-feira (29/1), a solicitação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) para impedir o aplicativo Waze de exibir aos usuários registros de fiscalizações de trânsito e localização de viaturas policiais.

Na ação civil pública, o Detran argumentou que o Waze, pertencente à plataforma da Google Brasil Internet Ltda, lucra ao disponibilizar dados atrativos aos usuários, destacando a monetização dessas informações. O juiz, no entanto, destacou que a questão envolve garantias constitucionais cruciais, como a liberdade de informação e o direito à segurança pública.

Ao analisar o caso, o magistrado ressaltou a utilidade pública da funcionalidade em questão, que permite a localização de viaturas em situações emergenciais, como casos de violência doméstica ou crimes em andamento. Ele enfatizou que o interesse do Detran em suspender as funcionalidades do aplicativo não é suficiente para justificar a alteração abrupta de uma prática estabelecida há mais de uma década pelos usuários goianos do Waze.

Rodrigo Rodrigues salientou que as alegações e documentos apresentados não são conclusivos para determinar a medida pretendida. “Para ter o grau de convencimento necessário, é imprescindível ouvir a parte contrária, para expor, como responsável, a sistemática do serviço prestado”, afirmou o juiz.

O aplicativo Waze, lançado em 2009 e operando no Brasil desde 2013, é mantido pela Google. O juiz questionou a urgência percebida pelo Detran-GO em bloquear os alertas de polícia e blitzes após uma década de utilização, afastando a possibilidade de dano ao resultado útil do processo.

O Detran Goiás, sob a presidência do delegado Waldir, não comentou o assunto. O caso ainda cabe recurso.

 

 

Leia a nossa edição impressa. Para receber as notícias do Diário de Aparecida em primeira mão entre em um dos dos nossos grupos de WhatsApp

 

Artigos relacionados

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo