Obra do Anel Viário de Anápolis segue sem conclusão após uma década, e deputado Antônio Gomide intensifica pressão sobre o governo
Parlamentar cobra agilidade na entrega dos 7 quilômetros restantes e reforça investimentos em áreas sociais do município
Com mais de uma década de atraso, a obra do Anel Viário de Anápolis continua sem previsão concreta de conclusão. Restam entre seis e sete quilômetros para finalizar a ligação, considerada estratégica para a mobilidade urbana e para o escoamento da produção industrial da cidade, uma das principais do estado de Goiás.
O deputado estadual Antônio Gomide (PT) tem intensificado a pressão sobre o governo estadual para acelerar a conclusão da obra. Desde 2024, o parlamentar apresentou uma série de requerimentos à Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) cobrando celeridade na execução. Em abril deste ano, propôs uma ação conjunta com os demais deputados que representam Anápolis na Assembleia Legislativa, numa tentativa de ampliar a força política em torno do tema.
— É uma obra que se arrasta há mais de dez anos, trazendo prejuízo para o setor produtivo, para os trabalhadores e para toda a população que enfrenta congestionamentos, riscos de acidentes e perda de competitividade no transporte de cargas — afirmou Gomide.
O Anel Viário é considerado essencial para desafogar o tráfego pesado que cruza a cidade e facilitar o deslocamento entre os distritos industriais, além de melhorar a conexão logística com a BR-060 e a BR-153, dois dos principais corredores rodoviários do Centro-Oeste.
Investimentos acumulados
Além da cobrança pela conclusão do Anel Viário, Antônio Gomide também concentra esforços em destinar recursos para áreas sociais do município. Entre 2020 e 2025, foram mais de R$ 12 milhões em emendas parlamentares, que contemplaram saúde, educação, esporte, cultura, assistência social e meio ambiente.
Na saúde, os recursos somam R$ 5,3 milhões, aplicados na reforma de centros cirúrgicos, ampliação do atendimento oncológico, compra de equipamentos hospitalares e custeio de serviços. Na educação, foram R$ 6,05 milhões destinados à reforma de pelo menos 15 escolas públicas, além de investimentos na Universidade Estadual de Goiás (UEG) e no Instituto Federal de Goiás (IFG).
A atuação também alcançou o setor cultural, com R$ 306 mil aplicados na aquisição de instrumentos musicais para a Banda Lira de Prata de Santana, e o esporte, que recebeu R$ 450 mil voltados à construção de infraestrutura em escolas e realização de eventos.
Entidades da sociedade civil, como a Associação dos Surdos de Anápolis (ASANA), também foram beneficiadas com recursos destinados ao custeio de suas atividades.
Obra permanece sem cronograma
Apesar das movimentações políticas, a Goinfra ainda não apresentou um cronograma detalhado para a finalização do Anel Viário. Nos bastidores, a avaliação é que o entrave envolve tanto questões orçamentárias quanto problemas técnicos acumulados ao longo dos anos.
Enquanto isso, a cobrança por parte da sociedade e de lideranças locais cresce, especialmente em um município cuja economia depende fortemente da logística e da indústria. O impasse mantém Anápolis, cidade com mais de 400 mil habitantes, convivendo com gargalos urbanos que impactam diretamente a qualidade de vida e a competitividade econômica.