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Marista e Jardim Goiás concentram maiores altas no valor do aluguel em Goiânia

Segundo levantamento, os reajustes chegaram a 15% acima da inflação oficial

 

O mercado de locação residencial em Goiânia e Região Metropolitana iniciou 2025 com forte aquecimento, seguindo a tendência nacional de alta. Segundo o Índice FipeZap+, os aluguéis residenciais subiram, em média, 16,6% no Brasil nos últimos 12 meses, impulsionados pela alta demanda, escassez de imóveis disponíveis e contratos ainda vinculados ao IGP-M.

Na capital, os bairros Setor Marista e Jardim Goiás lideram os reajustes. Com imóveis de médio e alto padrão, os aumentos chegaram a 15%, acima da inflação oficial. O Jardim Goiás se destaca pelo entorno do Parque Flamboyant e pela presença de novos empreendimentos de luxo, com altas em torno de 13%. O Setor Bueno apresenta elevação entre 10% e 12%, enquanto Parque Amazônia e Jardim América registram aumentos entre 8% e 10%.

O advogado Gabriel Barto, especialista em Direito Imobiliário, alerta para o impacto do índice utilizado nos reajustes: “O IGP-M, apesar de tradicional, tem oscilado muito e não reflete com precisão o custo real da moradia. O IPCA é mais estável e oferece melhores condições para negociação entre as partes.”

Na Região Metropolitana, bairros de Aparecida de Goiânia e Senador Canedo, próximos a condomínios fechados e polos logísticos, também registraram valorização, associada à migração urbana e à busca por moradias com melhor custo-benefício.

A escalada em Goiânia acompanha o cenário de outras capitais brasileiras:
•Florianópolis (SC): Alta de quase 18%, liderando o ranking nacional.
•Belo Horizonte (MG): Reajuste de 17%, com destaque para Savassi e Lourdes.
•Curitiba (PR): Crescimento de 15%, puxado por Água Verde, Batel e Centro Cívico.
•São Paulo (SP): Média de 15%, com foco em Pinheiros, Vila Olímpia e região central.
•Brasília (DF): Valorização acima de 13%, concentrada no Lago Sul e áreas administrativas.
•Rio de Janeiro (RJ): Aumento de 12%, principalmente na Zona Sul e Barra da Tijuca.
O momento exige atenção de inquilinos e proprietários. Entre os pontos críticos estão:
•Índice de reajuste: O IPCA tende a ser mais previsível que o IGP-M.
•Garantia locatícia: A legislação permite apenas uma modalidade por contrato.
•Rescisão sem multa: Após 12 meses, é possível sair com aviso prévio.
•Aluguel por temporada: Deve respeitar leis municipais e regras de condomínio.
“Planejamento e assessoria jurídica são fundamentais neste cenário de valorização. Conhecer os índices, negociar cláusulas com cuidado e estar atento aos seus direitos evita dores de cabeça no futuro”, finaliza Gabriel Barto.

 

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