Editorial

Editorial Diário de Aparecida- Reaja, Vilmarzim

Ao escolher romper relações com o governo do Estado, maior esfera administrativa de Goiás, e com a prefeitura de Goiânia, cidade vizinha com a qual Aparecida compartilha problemas comuns, Gustavo Mendanha escolheu, como prefeito de Aparecida, tornar-se um gestor solitário e sem possibilidade de realizar parcerias em favor da população do município que ele comandava na época.

Acrescente-se que Mendanha também não tinha trânsito com o governo federal: nos seus 5 anos e 3 meses de mandato, não chegaram as necessárias transferências de recursos para cuidar principalmente da área de Saúde em Aparecida. As verbas federais, poucas, que apareceram, foram herdadas já articuladas do governo do seu antecessor Maguito Vilela.

Um centro urbano classificado como o 2º maior do Estado não pode viver no isolamento, sem dialogar e sem se comunicar com outros níveis de gerência dos negócios públicos. Isso é negativo. Esse é um dos motivos pelos quais Mendanha não cumpriu nenhuma das promessas de campanha que fez, deixando de criar uma marca para identificar o seu mandato, assim como o Hospital Municipal e as aberturas dos eixos viários Norte-Sul caracterizaram a época do prefeito Maguito Vilela e a instalação dos primeiros pólos industriais inscreveu Ademir Menezes na galeria dos grandes gestores da história de Aparecida.

Vilmar Mariano, com dois anos e meio de mandato pela frente, não pode cometer o mesmo erro. Precisa reagir para não repetir Mendanha como um zero absoluto em Aparecida. Precisa se escorar no diálogo com os demais níveis do Poder Público para, assim, ter mais caixa para atender às demandas mais fundamentais da população aparecidense.

Do ponto de vista administrativo, um governo não faz oposição a outro governo. É necessário caminhar de mãos dadas, encaminhando as soluções que surgem nas áreas de contato entre as faixas de poder – municipal, estadual e federal. Esperamos e torcemos para que Vilmarzim reaja o mais rapidamente possível, deixando de emular o comportamento de meninão emburrado de Mendanha e o caudal de mágoas e ressentimentos que ele nutre pelos políticos que considera mais importantes e mais bem sucedidos do que ele.

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