Editorial

Editorial Diário de Aparecida- Pernas curtas

O presidente estadual do MDB lançou, na semana passada, um desafio interessante: disse que entregaria as chaves do seu carro a quem apontasse uma obra do ex-prefeito Gustavo Mendanha

durante os seus 5 anos e 3 meses ou quase 2 mil dias de gestão em Aparecida.

“Uma só”, ressaltou Daniel Vilela, convicto de que não vai perder o seu veículo. É público e notório que Mendanha não tem realizações para identificar o seu período administrativo como prefeito da 2ª maior cidade do Estado. O pouco que fez, o fez concluindo projetos iniciados e financiados nos dois mandatos do seu antecessor Maguito Vilela. Alguns leitores poderão perguntar: mas, se não tinha obras, como se justifica a reeleição de Mendanha, em 2020, com uma boa votação. Não há segredo. Mendanha fez muita festa no seu 1º mandato, gastando uma fortuna com cantores sertanejos, fogos de artifício e rodeios.

Além disso, foi beneficiado pelo embalo que Maguito deu à economia aparecidense, a ponto de confundir a cabeça dos eleitores a respeito da sua real participação nesse processo. Somando-se a isso a cooptação de toda a oposição, via distribuição de cargos comissionados na prefeitura, chega-se ao resultado que deu a ele mais um mandato.

Porém, mentiras, felizmente, têm pernas curtas. Hoje, há consciência sobre os desmandos dos quase 2 mil dias pelos quais Mendanha (des )governou Aparecida, inclusive a ausência de programas sociais permanentes – sinal do seu desprezo e falta de empatia pelos pobres que habitam o município. A verdade tardou, mas está aparecendo.

É lamentável o papel decorativo que a atual primeira-dama de Aparecida, Sulnara Santana vem desempenhando na prefeitura comandada pelo seu marido Vilmar Mariano. Em todos os sistemas de governo, seja federal, estaduais ou municipais, compete às primeiras-damas a liderança do setor de assistência social, desenvolvendo a nobre missão de levar aos pobres algum alento por conta da obrigação dos Poderes Públicos de prestar solidariedade a quem precisa.

Não em Aparecida. Vilmar Mariano se apequena ao permitir que a ex-primeira-dama Mayara Mendanha permaneça na cadeira – a Secretaria de Assistência Social – que por direito e história é de Sulnara Santana. E, pior, desenvolvendo um trabalho pífio, sem resultados para os vulneráveis aparecidenses, tal como foi na gestão de Gustavo Mendanha – que continua como o verdadeiro prefeito municipal.

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