Editorial

Legado de Maguito

Maguito Vilela deixou um legado de obras e realizações que consolidou as suas gestões como as mais produtivas da história de Aparecida. Há marcas físicas da sua administração por toda a cidade. No entanto, a sua importância para o município transcende a realidade material: foi a identidade e o orgulho que despertou na autoestima do povo aparecidense.

A cidade, nos dois governos de Maguito, parou de se enxergar como um centro urbano carregado de problemas e desafios e de repente se viu em uma estrada a caminho da modernização. Não mais um “dormitório” para trabalhadores que atuavam em Goiânia e sim um centro industrial ativo e efervescente.
Maguito ensinou que não havia obstáculos que Aparecida não pudesse superar. Só a implantação dos polos empresariais, sob o seu comando, seria suficiente para inscrever o seu nome na galeria dos maiores gestores do Estado, ao colocar o município como potência econômica em pé de igualdade com Anápolis quanto ao tamanho do seu PIB – Produto Interno Bruto.

Apesar dessa herança benigna, Gustavo Mendanha, o sucessor que Maguito em má hora escolheu, passou mais de cinco anos como prefeito sem dar prosseguimento a tudo de bom que recebeu quando assumiu, a começar pelo espírito de humildade, revestido da necessária paciência para ouvir a todos e levar em consideração cada demanda, cada pedido, cada reivindicação – coisa que faltou a Mendanha, que não recebia as categorias profissionais da prefeitura para negociar seus anseios nem auscultava os moradores dos bairros para oferecer soluções para as suas aflições do dia a dia, que são muitas, originadas quase sempre na falta de infraestrutura para garantir conforto na vida cotidiana.

Há um quadro de Maguito na parede principal do gabinete do prefeito de Aparecida que foi pendurado lá como peça de decoração, quando deveria ser a lembrança da presença viva e imortal de um homem que esteve à altura da credencial outorgada pelo povo para governar Aparecida. Mendanha nada aprendeu com Maguito ou, se algo aprendeu, esqueceu rapidamente.
Esse desafio está agora nas mãos de Vilmar Mariano. Que ele saiba corresponder e honrar a memória de Maguito Vilela.

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