Erro Moral

Um vereador, Sandro Oliveira, questionou na Câmara Municipal de Aparecida a linha editorial do Diário de Aparecida, argumentando que cabe aos veículos de comunicação sediados no município a defesa intransigente da classe política local, desde o prefeito até os seus parlamentares.

Não é assim que se faz uma democracia. Ninguém está acima do bem e do mal, em qualquer nível das esferas administrativas e representativas de uma cidade, um Estado ou uma nação. Cabe analisar e avaliar o comportamento de todos, independentemente de se tratar de conterrâneos ou contemporâneos.

Nascer e morar em Aparecida não livra quem quer que seja das críticas e das opiniões a respeito da sua conduta como personalidade pública. É um grave erro ou equívoco moral exigir, por exemplo, que o ex-prefeito Gustavo Mendanha seja considerado perfeito apenas porque é de Aparecida e, sendo de Aparecida, não pode ser submetido a um pente fino sobre a sua história e o seu currículo.

Ainda menos quando se sabe que Mendanha cometeu falhas graves ao longo da sua trajetória política, as mesmas que desaconselham a sua promoção a governante estadual, depois de faltar com os seus compromissos com a terra onde nasceu e cresceu.