Editorial

Mais um erro

O ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha foi batizado de “mestre dos erros” como resultado e cúmulo de equívocos desde que se enfiou na aventura de disputar o governo do Estado. Na articulação política, sempre faltou inteligência nas decisões de Mendanha – o que o levou ao isolamento, como um candidato sem partidos de expressão, sem apoio de lideranças de peso e principalmente por ter recusado a aliança com o ex-governador Marconi Perillo, do PSDB, hoje o nome que lidera a corrida pelo Senado.

 

No campo das propostas, vitais para uma campanha vitoriosa, o ex-prefeito também fracassou. Não conseguiu apresentar nenhuma ideia inovadora, capaz de motivar a população. Grave, no entanto, é a intenção de investir R$ 2 bilhões do Estado na tentativa de solucionar a falta de energia elétrica em algumas regiões, que é tarefa legalmente obrigatória da Enel – a companhia italiana que comprou a Celg e só no 1º semestre deste ano lucrou €2 bilhões de euros.

 

Mendanha diz que é “fake news” a notícia de que ele vai dar essa montanha de dinheiro para uma empresa privada. Não é. Se o Estado assume serviços que seriam de responsabilidade da Enel, está, sim, aliviando o seu caixa e na prática injetando recursos públicos em gastos que seria da competência dela. É a mesma coisa. A proposta do “mestre dos erros”, caso efetivada, seria danosa para Goiás.

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