Editorial

Desmoronamento

A base do ex-prefeito Gustavo Mendanha em Aparecida foi formada através da cooptação das lideranças políticas via distribuição de cargos na prefeitura e não mediante um legítimo processo de instituição e afirmação da sua liderança.

 

É artificial, portanto. Com Mendanha fora do poder, a que renunciou para se meter na aventura de disputar o governo do Estado, surgiram furos por todos os lados. Um exemplo: metade dos vereadores supostamente ligados ao ex-prefeito passou a apoiar a candidatura ao Senado do ex-governador Marconi Perillo, abandonando João Campos, que Mendanha escalou para a sua própria chapa.

 

Alguns vereadores também resolveram trabalhar pela reeleição do governador Ronaldo Caiado, largando ao léu a campanha do antigo “chefe” de araque. O prefeito Vilmar Mariano, sob a justificativa de necessitar de 30 dias de repouso após um procedimento cirúrgico cardíaco, afastou dos eventos destinados a promover a candidatura de Mendanha em Aparecida.

 

Ocorreu um desmoronamento geral da base mendanhista. A cola que cimentava a sua estrutura política era de má qualidade, gerada pela fisiologia e pelo tráfico de interesses medíocres. Não deu certo e o resultado aí está: no seu próprio quintal, o ex-prefeito enfrenta uma perniciosa crise de afirmação, a menos de 30 dias para a data das eleições.

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