Editorial

Sucessão de equívocos

O prefeito de Aparecida Vilmar Mariano abandonou o expediente, na manhã da última quarta, 22, para passar mais de 3 horas acompanhando o seu antecessor Gustavo Mendanha em um debate promovido pela rádio CBN, em parceria com o jornal O Popular, na sede da Organização Jaime Câmara, em Goiânia.

Em horário de expediente, Vilmarzim abandonou Aparecida para um compromisso que em nada colabora com os interesses do município que governa. Tempo valioso que deveria ser gasto no atendimento das graves responsabilidades que ele tem com uma população – a 2ª maior do Estado – que ainda enfrenta carências estruturais capazes de abalar a sua qualidade de vida.

Bairros sem iluminação pública adequada, obras paralisadas, famílias passando fome, avenidas importantes como as do Eixo-Leste inacabadas – tudo isso e mais uma infinidade de desafios aguarda solução, mas o prefeito prefere posar de cabo eleitoral de Mendanha em vez de cumprir as suas obrigações.

Na verdade, Vilmarzim mais atrapalhou que ajudou seu candidato a governador. Fomentou uma crise na base mendanhistas em Aparecida que acabou prejudicando a campanha do candidato do Patriota, hoje, a 9 dias da data das urnas, afundada em um pântano de erros de contradições que minou as suas chances. Não atraiu nenhum novo apoio, ao contrário, espantou, mesmo ocupando uma das prefeituras mais poderosas dentre as 246 de Goiás. Politicamente, acumulou equívocos, como o de se negar ao diálogo com o governo do Estado e, portanto, continuar sem as parcerias administrativas que poderiam viabilizar a sua gestão e beneficiar o povo aparecidense.

O governador Ronaldo Caiado já disse que o único prefeito goiano com o qual não consegue estabelecer um diálogo produtivo é Vilmar Mariano. Com os demais, republicanamente, Caiado conversa e desenvolve ações conjuntas, dentro da sua convicçãeeo de que o seu trabalho como chefe de Estado não se contamina com as questões políticas e partidárias, menores diante das necessidades e precisões de Goiás e da sua gente.

Bons tempos aqueles em que Aparecida era governada por homens como Maguito Vilela e Ademir Menezes, prefeitos que se inscreveram na galeria dos realizadores e construtores de uma era de desenvolvimento para a cidade.

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