Sabedoria
O que alavanca uma candidatura a governador de Goiás? A resposta não é difícil. Um bom nome, capaz de oferecer segurança para o eleitorado quanto ao futuro do Estado, com base em uma combinação de experiência e propostas, além de um grau de confiança que não pode ser objetivamente medido, mas predomina na comunicação entre o postulante e a população.
Além dos predicados pessoais e políticos do candidato, vem em seguida a campanha, que deve ser abrangente o suficiente para alcançar os quatro cantos do território goiano e levar a todos uma mensagem consistente. Partidos e apoios de peso são essenciais, nesse quesito. É através deles que o proselitismo se realiza, as informações chegam a todos e, quando se é bem-sucedido, leva à vitória.
A eleição deste ano tem o governador Ronaldo Caiado, um expert em matéria de política e de gestão, buscando a reeleição, enfrentando adversários novatos na área como o ex-prefeito Gustavo Mendanha e o deputado federal Vitor Hugo. Talvez sim, talvez não, o ex-governador Marconi Perillo, que ora dá sinais de que vai disputar, ora deixa escapar que preferirá seguir o bom senso e evitar riscos disputando uma cadeira na Câmara Federal.
O cenário, por óbvio, é favorável a Caiado em razão da sua exposição privilegiada como chefe do Poder Executivo e seu portfólio de realizações como o governador que saneou financeiramente a administração estadual e trouxe conquistas inéditas na Educação, Saúde, Segurança Pública e Programas Sociais.
Seus adversários não têm nada parecido para mostrar. Mendanha tem a visão provinciana de prefeito de uma grande cidade onde a política é apequenada e a gestão repleta de equívocos, como, por exemplo, a ausência de programas sociais permanentes.
Vitor Hugo é um fanático bolsonarista, que só acredita em pesquisas se o presidente estiver em 1º lugar, o que dá a dimensão do seu potencial na política. E Marconi carrega nas costas uma rejeição recorde, produto dos desvios e escândalos que marcaram seus governos e o levaram até a prisão.
Em Goiás, o eleitorado é sábio. Geralmente, escolhe o melhor, como aconteceu na maioria das vezes em que as urnas se manifestaram desde a redemocratização. Com certeza, será mais uma vez assim, neste ano.