Poeira
Nesta semana o Diário de Aparecida inicia mais uma série de reportagens que mostram a luta da população que mora nas ruas de chão. Há leitoras e leitores que enviam suas queixas em tom de súplica para que a prefeitura cumpra sua função de pavimentar as ruas e tão logo viabilize as negociações para a implantação das redes pluviais e que também promova a fundição do esgoto, que no caso, é de responsabilidade da subdelegada da Saneago, a BRK Ambiental.
A equipe do DA atendeu o chamado dos moradores da Vila Romana e registrou depoimentos e imagens do clamor por infraestrutura. São mais de 8 mil habitantes que convivem com as mazelas provocadas pela ausência do asfalro. Apesar de quatro ruas estarem recebendo a rede pluvial, a população teme pela paralisação dos serviços, semelhante ao que aconteceu na Vila Oliveira. Ocasião em que as máquinas que operavam a pavimentação, simplesmente, em um belo dia, desapareceram.
Saturados por promessas proferidas com veemência pelo ex-prefeito Gustavo Mendanha em suas duas campanhas para prefeito (2016 e 2020), os moradores já manifestaram cobranças com levantamento de faixas, acionamento de reportagens e reivindicações pessoais na sede da prefeitura, porém, sem resultados plausíveis. Assim, somam-se 33 anos de expectativa pela chegada das máquinas.
Em matérias anteriores expostas pela DA, os moradores disseram que no mapa de Aparecida, no mandado do ex-prefeito José Macedo (2005 a 2008) consta que a Vila Romana está asfaltada. Porém o povo alega que a verdade é que o bairro não é asfaltado, exceto parte da linha de ônibus das ruas, Tito Lívio e Rômulo e Remo.
Enquanto isso a poeira invade e cobre tudo. Vulneráveis, problemas respiratórios fragiliza, principalmente, crianças e idosos. As donas de casa desanimam na tentativa de deixar os ambientes limpos. Os comerciantes se veem desvalorizados com a terra levantada a cada ventania e passagens de veículos.
Na Vila Romana, ainda, há ruas escuras devido a precariedade na iluminação pública. Há mães, pais e responsáveis desesperançados com a falta crônica de vagas em Cmeis. Os comerciantes também pontuam a falta de ronda da GCM, entre outros entraves de competência do Poder Municipal, que podem ser conferidos na página 8.