Editorial

Transição

Começou o fim do governo Jair Bolsonaro, com a oficialização do processo de transição entre a atual equipe e o grupo de assessoramento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Previsto em lei detalhada e minuciosa, a transição é uma obrigação do atual incumbente face ao próximo, independente do choro ou da revolta que costuma abalar os derrotados, ainda mais um que tinha certeza da sua vitória e visivelmente se frustrou.

 

Lula designou o seu vice-presidente Geraldo Alckmin, um dos políticos mais preparados e mais equilibrados do país, governador de São Paulo por 4 vezes, para comandar, de seu lado, as tratativas para o recebimento de dados e informações sobre as atuais ações da União.

 

Bolsonaro escalou o ministro da Casa Civil, o líder do Centrão Ciro Nogueira, também habilidoso, para representar o sistema de poder federal e oferecer todas as facilidades para a instalação da nova gestão do país a partir de 1º de janeiro.

 

Não sem algum trauma, mas com a prevalência de valores republicanos e éticos, como deve ser em uma democracia madura como a brasileira, tal como demonstrado no último pleito.

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