Entrevista

Especialista dá dicas de como enfrentar o clima seco

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos está entre 50 e 60% e, o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), afirma que em Goiânia, nesta semana, a umidade relativa do ar está variando entre 20% a 75%.

Foto: Dra. Fernanda Miranda, Especialista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Residente em Pneumologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

Para enfrentar os dias mais secos com 100% de saúde é praticamente um desafio nessa época do ano que o clima seco tem prejudicado grande parte da população do Brasil, mas principalmente nas cidades do centro-oeste e sudeste do país. Asma, Rinite e tosse seca são alguns dos principais problemas que aparecem quando há baixa umidade do ar.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos está entre 50 e 60% e, de acordo com informações do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), em Goiânia, está variando, nesta semana, entre 20% a 75%.

O clima seco continua e não há previsão de chuva para os próximos dias no Estado de Goiás. Os resíduos deixados neste tempo são evidentes e têm causado desconfortos na população. Alergias, nariz entupido e garganta irritada, são alguns dos sintomas próprios dos dias com baixa umidade relativa do ar.

Em entrevista ao Jornal Diário de Aparecida, a pneumologista Fernanda Miranda, Especialista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Residente em Pneumologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), deu algumas orientações para quem quer passar essa estação do ano sem grandes problemas de saúde.

Baixa umidade

A Dra. Fernanda Miranda explica que existem riscos da baixa umidade do ar para a saúde. “A baixa umidade do ar prejudica as funções do nosso nariz que são: aquecer, umidificar e filtrar o ar que respiramos. Essa condição climática pode causar piora de doenças respiratórias crônicas como a asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), rinosinusites e infecções respiratórias”, informou.

Faixa etária mais prejudicada

A idade é um fator determinante quando se fala sobre as doenças respiratórias. Os extremos da idade são os mais afetados, segundo a especialista. Crianças abaixo dos 5 anos e adultos acima dos 65. Pois o sistema imunológico nessa faixa etária não está completamente desenvolvido nas crianças e já apresenta deficiências no idoso”, ressaltou Fernanda.

Covid-19 e o clima seco

A pneumologista reiterou que a proliferação da covid-19 não é maior nessa época do ano, diferentemente das viroses respiratórias que são mais comuns nesse período. “As viroses respiratórias são mais prevalentes no inverno, pois as pessoas ficam mais tempo em ambientes fechados, mas o vírus da covid não mostrou esse comportamento sazonal”, certificou.

Precauções 

Portadores de doenças respiratórias são os mais prejudicados no clima seco. E a combinação frio e tempo seco aumentam a taxa de doenças como gripes e resfriados de acordo com a Dra. Fernanda. Por isso, ela alerta ainda para alguns cuidados que esse grupo de pessoas precisa tomar como manter em dia o tratamento e procurar assistência médica assim que necessário.

Dicas para reduzir os danos à saúde nessa época do ano

A pneumologista Fernanda Miranda pontuou algumas medidas para reduzir os riscos de danos a saúde causados pelo clima seco. Confira a seguir:

  • Ingerir muito líquido mantendo-se bem hidratado;
  • Evitar exposição ao ar livre em dias com umidade relativa do ar abaixo dos 30%;
  • Evitar banhos muito quentes pois ressecam ainda mais a pele nesse período do ano;
  • Usar umidificadores de ar;
  • Manter as narinas hidratadas com soro fisiológico.

Fernanda Miranda indica que qualquer atividade física aeróbica pode ser realizada, mas tomando cuidado para não se expor ao ar livre em dias de umidade relativa do ar baixa, principalmente entre 10 e 16h. “É importante tomar muita água durante a atividade física”, finalizou a médica.

 

 

 

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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